Cidades

Faturamento das MPEs paulistas registra aumento em novembro de 2013

No comparativo com o mesmo período do ano anterior, houve incremento de 2,4%; variação positiva é liderada pelo setor de serviços, que apresentou alta de 4,5%

O faturamento real das micro e pequenas empresas (MPEs) paulistas apresentou aumento de 2,4% em novembro de 2013, na comparação com o mesmo mês do ano anterior. No período, a receita total do universo das MPEs paulistas, já descontada a inflação, alcançou R$ 48,6 bilhões, o que representa R$ 1,1 bilhão a mais em relação a novembro do ano passado, revela o resultado da pesquisa de conjuntura Indicadores, divulgada pelo Sebrae-SP neste mês de janeiro.

Por setores, o melhor resultado registrado no faturamento em novembro foi o de serviços, que cresceu 4,5%, seguido pelo comércio, com 3,5%. Já o segmento indústria recuou 6,2% ante novembro de 2012. Para 2014, analistas de mercado esperam uma melhora moderada da situação industrial – especificamente para o segmento de bens não-duráveis como alimentos e confecções, que contemplam expressiva presença de MPEs.

“Embora o consumo no mercado interno deva se expandir em um ritmo menor em 2014 – como reflexo do nível mais modesto da atividade econômica e do menor crescimento do salário mínimo – a tendência é que haja evolução mais equilibrada dos três setores de atividade em relação a 2013”, afirma o diretor-superintendente do Sebrae-SP, Bruno Caetano.

Na análise por regiões no mesmo intervalo compreendido entre novembro de 2013 e o mesmo período do ano passado, a alta no faturamento das MPEs na capital foi de 8,3%. A Região Metropolitana de São Paulo apresentou crescimento de 4,5%, o interior 0,3% e o Grande ABC teve recuo de 1,3% quanto ao índice de receita real.

De janeiro a novembro de 2013, o rendimento real dos empregados das MPEs teve elevação de 6,7% (já descontada a inflação) e o valor da folha de salários aumentou 3,5%. O pessoal ocupado apresentou variação de -0,8%.

 

Expectativas

A maioria dos empresários (54%) acredita em estabilidade no faturamento para os próximos seis meses. Em dezembro de 2012 eram 52%. A parcela dos que esperam piora nos resultados de seus negócios é de 7% – ante 8% em dezembro de 2012.

“Houve aumento na proporção de empresários que esperam piora na economia: em dezembro de 2012 a fatia de descontentes era de 7%. Em dezembro do ano passado esse número saltou para 12%, uma alteração expressiva”, afirma o consultor do Sebrae-SP e coordenador da pesquisa, Pedro João Gonçalves.

Essa piora relativa das expectativas dos donos de MPEs está em linha com as projeções dos analistas de mercado, que estimam um crescimento relativamente modesto para a economia brasileira. A projeção “do mercado” é de que o Produto Interno Bruto (PIB) cresça 1,95% em 2014. De acordo com o consultor do Sebrae-SP, no âmbito internacional ainda há focos de incertezas e riscos que podem afetar a economia mundial, inclusive o Brasil.

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