O Ministério da Fazenda divulgou nota nesta sexta-feira, 19, para esclarecer que o reajuste de preços do botijão de gás de cozinha (GLP) não foi tratado na reunião entre o ministro Henrique Meirelles e o presidente da Petrobras, Pedro Parente, na última terça-feira (16).
A Petrobras anunciou na quinta-feira, 18, sua nova política de preços para o gás de cozinha, desenhada para amenizar os repasses das oscilações de preços internacionais para consumidores brasileiros.
A mudança vem depois de o produto ter registrado constantes elevações nos últimos meses. Segundo a Agência Nacional do Petróleo (ANP), a alta repassada ao consumidor já chega a 17,7% desde que a companhia passou a fazer ajustes mensais no preço do GLP, em junho de 2017. Nas refinarias, o avanço foi ainda maior.
Em meio às comemorações do governo em torno do resultado da inflação em 2017, a menor desde o Plano Real, o encarecimento do botijão de gás virou tema central de conversas sobre o orçamento das famílias. O próprio ministro da Fazenda foi questionado sobre o assunto em recentes entrevistas que concedeu a rádios.
Apesar da diferença de dois dias entre a reunião de Meirelles e Parente e o anúncio da nova política, a Fazenda fez questão de ressaltar que não passa de uma coincidência. “Não houve nenhuma interferência na política de preços da empresa”, diz a nota.