Economia

Feira da ABF quer dar fôlego ao setor

A ABF Franchising Expo, maior evento do setor no Brasil, chega à sua 26ª edição com novidades e boas expectativas. Apesar da crise pela qual passa o País, o Expo Center Norte, em São Paulo, deverá receber público recorde entre 21 e 24 de junho. São esperados cerca de 71 mil visitantes, 10% a mais que em 2016, segundo a organização. Serão pessoas em busca de investimentos, de um plano B ou de alternativas ao desemprego.

De acordo com o presidente da Associação Brasileira de Franchising (ABF), Altino Cristofoletti Junior, nota-se uma leve evolução no setor, apesar da crise no Brasil. Segundo ele, não haverá redução de crescimento, o avanço será paulatino – é nesse contexto que o evento se encaixa. “Entende-se que 2017 será um ano para pegar fôlego. Um cenário moderado”, afirma.

Serão cerca de 400 expositores, 10% a mais do que em 2016. “Transformamos a feira em mais um evento dentro do contexto do franchising, pois também criamos a ABF Week (entre os dias 19 e 24 de junho). Estamos trazendo muito conteúdo para capacitar os empreendedores”, diz Cristofoletti Jr .

Entre as novidades da Expo, estão quatro espaços: Arena do Conhecimento, com palestras sobre o assunto; Palavra da Marca, para as redes franqueadoras, que poderão interagir com interessados; o Montando Minha Franquia, que reunirá fornecedores do sistema de franchising com arquitetos e empresas de softwares, e a Smart Mall, um espaço onde haverá soluções aplicadas em algumas marcas, com foco em tecnologia.

Vale lembrar: caso o visitante tenha interesse em comprar uma franquia, o negócio será tratado após o evento.

“A decisão não se dará, necessariamente, na feira. O interessado faz contato lá e pode fechar negócio até seis meses, um ano, depois. Não é uma decisão de impulso, tem de ter cautela. Às vezes, a pessoa vai investir o que economizou durante a vida. É proibido fechar negócio na feira, não pode fazer um contrato. As marcas saem com uma lista qualificada de prospects, que serão trabalhados ao longo do ano”, diz Cristofoletti Jr.

Uma outra novidade: um aplicativo, o ABF Connect, que será lançado em junho. Nele, o visitante terá acesso a um mapa de visitação por segmento. Poderá, também, comprar, ao preço de R$ 60, ingresso para os quatro dias – o bilhete comprado para a Franchising Week também vale para a feira.

“Teremos atividades fora, levando informações a universidades da região metropolitana, que tenham relação com o tema. Com o Sebrae e a Prefeitura, desenvolveremos um programa oferecendo vagas de emprego em franquias e levando palestras a comunidades mais carentes”, acrescenta.

Empreendedor

A vontade de ter o próprio negócio se intensificou durante os cinco anos em que João Daniel Barbalho da Silva Melo viveu em Angola. A ideia de empreender sempre esteve no radar do administrador de empresas. Foi por lá que ele amadureceu esse desejo, enquanto era gestor de contratos de uma operação de limpeza urbana, e, em 2015, no retorno ao Brasil, colocou tudo em prática.

“Sempre tive interesse em ter meu próprio negócio. A dúvida no início é saber o que fazer. Eu queria, mas não sabia o quê”, diz Melo, de 35 anos. “Achei que a feira, pela proporção que tem, seria o primeiro passo.” Poucos meses depois da volta para casa, o empreendedor, natural de Natal (RN), visitou o evento, em São Paulo. Saiu dali com todo o planejamento feito.

“Fui a todos os estandes. Passava sete horas por dia lá. Investi minha vida em Angola e queria que isso me desse um retorno para o resto da vida. Fiquei de quinta a sábado.”
Melo optou pela Divino Fogão. É só elogios ao empreendimento. Neste ano, retornará ao evento. Desta vez, para auxiliar o irmão. “A franquia é um ótimo modelo para quem quer mudar de ramo. A feira teve papel decisivo, estava começando do zero. Ela me deu um norte”, diz. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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