O coordenador do IPC Brasil, Paulo Picchetti, manteve a previsão de alta de 0,30% do Índice de Preços ao Consumidor – Semanal (IPC-S) fechado de agosto, mesmo com a aceleração do indicador para 0,16% na primeira quadrissemana do mês, ante 0,10% na quarta leitura de julho. De acordo com Picchetti, a projeção foi mantida porque o resultado da primeira quadrissemana de agosto veio “em linha” com a trajetória que levou em conta ao fazer a previsão de 0,30% para o dado fechado deste mês.
Sobre o resultado divulgado nesta sexta-feira, 8, pela Fundação Getulio Vargas (FGV), Picchetti destacou que a alta de 0,16% do IPC-S, que interrompeu uma sequência de 11 leituras consecutivas de desaceleração, foi influenciada principalmente pelo grupo Alimentação, que passou de -0,25% na quarta quadrissemana de julho para 0,02 na primeira leitura de agosto.
Ele destacou “hortaliças e legumes” (que passou de -12,95% para -11,37%) como o item individual que mais contribuiu para a aceleração. “São itens que tradicionalmente têm preços mais voláteis, mas o ritmo de queda veio bem menor”, comentou.
Segundo Picchetti, hortaliças e legumes contribuíram com 0,04 ponto porcentual do 0,16% de alta do IPC-S da primeira quadrissemana de agosto. O coordenador ressaltou ainda o resultado em alguns itens como aluguel residencial (que passou de 0,59% para 0,60%) e passagem aérea (de -17,58% para -8,77%), este último resultado do fim do que chama de efeito Copa.