O presidente do PPS, deputado Roberto Freire (SP), defendeu a estratégia apresentada pelo jurista Miguel Reale Junior, ex-ministro da Justiça do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, à direção do PSDB, de desistir de pedir neste momento o impeachment da presidente Dilma Rousseff e entrar com um pedido de ação penal contra a petista no Ministério Público Federal (MPF) pelas pedaladas fiscais.
Questionado sobre o fato de o chefe do MPF, Rodrigo Janot, já ter negado investigação contra Dilma no âmbito da Operação Lava Jato, Freire disse: “Se ficarmos imaginando que nada (contra Dilma vai prosperar), não exercemos nosso papel de oposição. Ele (Janot) que assuma então seu caráter (governista) em não admitir que se investigue a presidente da República com base em fatos comprovadamente ilícitos, nós (oposição) temos que fazer o nosso papel, que é o de continuar lutando contra este governo que está à beira da ingovernabilidade.”
Na avaliação de Freire, apesar das bases jurídicas indicarem sinal positivo para o pedido de abertura de impeachment da presidente Dilma Rousseff, politicamente o governo petista ainda tem demonstrado certa força no Parlamento, como na aprovação de medidas do pacote fiscal e na indicação do jurista Luiz Facchin para o Supremo Tribunal Federal (STF). O presidente do PPS disse que enquanto não chegar o momento propício para um eventual pedido de impeachment, a oposição continuará fazendo o seu papel.
Ação
Os líderes da oposição devem assinar nesta quinta-feira, 21, pela manhã, a petição para a ação penal contra Dilma Rousseff no Ministério Público Federal (MPF) pelas pedaladas fiscais. A oposição deve protocolar o pedido no MPF na próxima terça-feira, 26, informou um dos líderes da oposição.