Os vereadores Geléia Protetor (PSD) e Geraldo Celestino (Mobiliza) se desentenderam durante audiência pública na Câmara Municipal de Guarulhos na manhã desta quarta-feira. Geléia, que presidia a Mesa, durante audiência pública de demonstração e avaliação do cumprimento das metas fiscais do 3º quadrimestre de 2024, chamou Celestino de traidor e afirmou que “homem tem que ter palavra”, por isso prefere os cachorros.
O embate ocorreu depois que Celestino, usando a Tribuna da Casa, fez críticas à gestão do ex-prefeito Guti (PSD), de quem era vice-líder do Governo na Câmara. Geléia lamentou que a fala do colega ocorra somete agora, quando – mesmo sendo suplente – se tornou líder do novo prefeito Lucas Sanches (PL). “Por que não fez essas acusações quanto o senhor era vice-líder do prefeito Guti?. O senhor ficou oito anos na situação, defendendo a administração anterior. Homem tem que ter palavra”, afirmou Geleia.
Geleia foi além. “O que o senhor está fazendo hoje com o ex-prefeito Guti vai fazer amanhã com o Lucas. Porque quem trai um trai outro. Isso é questão de caráter”, apontou. O vereador ainda disse que Celestino é um “empregado do Lucas”, já que não se elegeu vereador, sendo o primeiro suplente do Mobiliza. “O senhor sabe que só está aqui por causa do Lucas. Se ele quiser, o senhor deixa de ser vereador”, falou lembrando que o colega assumiu o cargo porque o Pastor Anistaldo, eleito pelo Mobiliza, se licenciou da Câmara para ocupar uma secretaria municipal, a da Habitação.
Celestino tentou utilizar a palavra várias vezes para rebater Geleia, mas ele, como presidente da audiência pública, não permitiu, sempre se referindo à atitude de traidor do colega. “Não vai ter a palavra não. Aqui vai ser assim. Só quer atacar o ex-prefeito Guti, que é do meu partido e merece ser respeitado”.
Geraldo Celestino é o vereador mais antigo da Câmara Municipal. Elegeu-se pela primeira vez em 1992 pelo PT. Depois migou para o PFL, passando também pelo PSDB, PSC até chegar ao Mobiliza. No entanto, em 2024, após oito mandatos seguidos não se reelegeu, ficando na primeira suplência do Mobiliza. Só chegou ao cargo com a licença pedida pelo Pastor Anistaldo, o mais votado de seu partido.