Cidades

GENTE – Umbelina afirma que vai parar, mas voltará

Os livros jamais foram publicados por editoras; sempre foram digitados por algum familiar ou amigo para depois serem impressos em folhas de sulfite e montados em formato de livro

Uma das filhas da aposentada, Nádia, 49, conta que a mãe sempre foi uma "marqueteira" e vendia os trabalhos para quem encontrasse. "Ela já vendeu na Penha, Pinheiros e Praça da Sé. Os livretos saiam por R$2, metade servia para cobrir os custos das xerox e o restante servia para comprar alimentos". Mas nada ficava para a aposentada, segundo ela. Os mantimentos eram doados a um asilo. "Me falaram que estavam passando fome lá, mas depois descobri que participavam de um programa da prefeitura. Então falei: ‘não vou ajudar mais!". Assim, os livrinhos começaram a ser distribuídos gratuitamente à vizinhança, como um presente para quem quisesse ler.

Ponto final – Há pouco tempo, a senhora decidiu encerrar sua carreira. O livro "Mais um dia…", traz o poema "Acabou", que põe um ponto final em tudo, falando da idade que chega e da alegria sentida ao pensar na vida. A filha dela acha que é "conversa", pois a aposentadoria literária fora anunciada outras vezes. Mas Umbelina jura que está falando sério, batendo numa pilha de livros. "Antes eu não tinha escrito sobre o fim. Cansei, estou velha, no fim da picada". Por outro lado, olha de soslaio e diz que, se der vontade, começa tudo outra vez.

Para mais informações a respeito de como adquirir os livros de Dona Umbelina, entre em contato pelo e-mail [email protected].

 

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