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Governo de SP prevê R$ 20 bi em investimentos em 2015

O governo de São Paulo vai encaminhar para a Assembleia Legislativa na próxima segunda-feira, 29, a proposta do orçamento para 2015 com uma previsão de R$ 20 bilhões em investimentos. O valor previsto na peça é semelhante ao que foi apresentado no orçamento do ano passado e garantido mesmo com a queda de arrecadação do Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação (ICMS), principal tributo recolhido pela administração estadual.

“Nós já estamos praticamente equilibrando os investimentos, os valores dos custeios, as arrecadações. Ele está praticamente fechado. Nossa meta é até segunda a gente encaminhar para a Assembleia. Um dia antes do prazo”, disse o secretário de Planejamento, Julio Semeghini, após cerimônia de assinatura de três financiamentos internacionais para obras de mobilidade, realizada nesta terça-feira, 23, no Palácio dos Bandeirantes. “O volume (de investimento) nos últimos anos tem sido sempre acima de R$ 20 bilhões. Neste ano também será.”

O secretário estadual da Fazenda, Andrea Calabi, disse nesta terça-feira que o orçamento será “apertado” em função do baixo crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) apontado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No fim de agosto, o IBGE informou que o PIB caiu 0,6% em relação aos três meses anteriores. Foi a segunda seguida do PIB registrada pelo instituto, o que, segundo economistas, enquadra o País em situação de recessão técnica.

“Se você pensar com relação ao orçamento, isso é um aperto. Porque o orçamento foi elaborado com previsão de 2,5% de crescimento real do PIB e 5,5% de inflação. Nós vamos acabar com 5,5% de crescimento nominal, portanto 2,5% abaixo da projeção que tínhamos nessa época no ano passado, quando foi apresentado o orçamento”, disse Calabi.

“Há uma queda relativa da projeção, uma pequena queda real em relação ao ano passado de 0,5%. Mas há grande preocupação”, afirmou o secretário da Fazenda. “Na verdade, quando você tem crescimento na economia, tudo meio que se revolve via crescimento. Com expectativas de redução de crescimento causam enorme preocupação com relação ao ritmo de crescimento dos recursos.”

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