“Nossa luta foi sempre pela fosfo da USP e não pela fosfo da PDT. Não sabemos qual substância sai do processo industrial usado na PDT”, disse Giseli dos Santos, administradora do grupo Lutamos pela Fosfo da USP na rede social Facebook. Segundo ela, muitos pacientes esperavam por essa decisão do Icesp “porque a maioria deles já percebeu que não são substâncias idênticas.”
A polêmica vem desde o início dos testes. Após a grande procura e com o avanço da judicialização, os estoques da substância existentes em um laboratório da USP em São Carlos foram esgotados. Para os testes atuais, que começaram no primeiro semestre de 2016, o Instituto do Câncer recebeu da Fundação para o Remédio Popular (Furp), laboratório oficial da Secretaria da Saúde do Estado, cápsulas da substância em quantidade suficiente para realizar a pesquisa. A sintetização da fosfo foi feita pelo laboratório PDT Pharma, em Cravinhos, no interior paulista.
Segundo a advogada Danielle Maximovitz Bordinhon, ao menos 23 clientes que tiveram liminares concedidas e usaram a pílula testada pelo Icesp tiveram piora ou faleceram. Vários grupos defendem a retomada da produção pela USP, que determinou a suspensão da produção.
A Secretaria de Estado da Saúde informou que a PDT Pharma foi indicada diretamente pelo pesquisador Gilberto Chierice, que, segundo o Icesp, também está acompanhando os testes. A PDT Pharma e o pesquisador não retornaram os contatos.