O prefeito Guti se reuniu nesta quinta-feira (13) com o ministro dos Portos e Aeroportos, Márcio França, em Brasília, em mais um esforço para que Guarulhos se torne fronteira aérea do Brasil. O pedido busca facilitar o recebimento de recursos para o atendimento de migrantes e refugiados, já que o município conta com o maior aeroporto da América do Sul e desde 2022 vem lidando com a crise humanitária gerada pela chegada de mais de 3 mil afegãos fugidos do Talibã.
O chefe do Executivo estava acompanhado dos secretários de Governo, Edmilson Americano, de Desenvolvimento e Assistência Social, Fábio Cavalcante, titular da pasta que atua diretamente no atendimento a esse público, de Obras, Francisco Carone, e da diretora de Assuntos Aeroportuários, Marcela de Castro Vaz Augusto.
De acordo com França, o pedido está chancelado pelo Ministério dos Portos e Aeroportos, mas ainda precisa passar pela avaliação de outros órgãos federais, como os ministérios da Cidadania e de Justiça e Segurança Pública. Além disso, o governo federal também dialoga sobre a viabilidade de um financiamento para auxiliar a cidade no acolhimento dos estrangeiros.
“A situação vai muito além de tirá-los do aeroporto. A questão humanitária envolve, por exemplo, a rede básica de saúde e educação, já que muitas crianças estão matriculadas na rede pública de ensino. Guarulhos continuará trabalhando, mas estamos sobrecarregados e precisamos que o governo federal entre nisso de cabeça conosco”, afirmou Guti.
A visita se estendeu ao gabinete do secretário nacional de Justiça, Augusto de Arruda Botelho, para apresentar o panorama atual da cidade. “Guarulhos abriga hoje 177 afegãos e outros 50 estão no aeroporto aguardando por vagas. Esse número de acolhidos reflete o esforço da cidade na criação de políticas públicas para o recebimento de migrantes e refugiados, mas ainda precisamos de ajuda”, comentou Fábio Cavalcante.