Opinião

Guarulhos como cidade base para a Copa

Guarulhos coleciona uma série de atributos para conquistar o direito de ser uma das cidades base para receber uma das seleções que disputará a Copa do Mundo na sede de São Paulo. Além de ter o maior aeroporto da América Latina, conta com um parque hoteleiro de primeira linha e está muito próxima do estádio do Corinthians, em Itaquera, na zona leste da Capital, que abrigará a abertura dos jogos em 2014.


Assim, Guarulhos – ao se candidatar a ser cidade base – sai numa posição vantajosa em relação aos outros municípios que buscam a mesma condição. Porém, ainda há problemas a serem superados. A cidade não conta com um centro de treinamento que atenda aos padrões exigidos pela Fifa. Também terá problemas para oferecer um local adequado para os eventos paralelos promovidos nos municípios que recebem as seleções e seus torcedores.


A Prefeitura, segundo o HOJE apurou, estaria trabalhando com a hipótese de tornar o estádio Antonio Soares de Oliveira, atualmente sob a administração do Flamengo, em um centro de treinamento de ponta. Para tanto, seria necessária a troca completa do gramado e a instalação de iluminação. Ou seja, nada que necessite de investimentos absurdos. Para receber eventos, algumas hipóteses foram levantadas: utilizar os espaços do Bosque Maia para práticas ao ar livro, o teatro e estrutura do Adamastor ou mesmo os Centros de Educação Unificado (CEUs), que estão instalados em bairros da periferia. Não se sabe porque, mas o ginásio Thomeozão, que carece de uma grande reforma mas que poderia servir como uma grande arena para eventos, não foi incluído como uma possiblidade real.


Entretanto, para que Guarulhos se habilite, é necessário que apresente o projeto e comece a promover ainda este ano as obras sem a garantia de que será uma das cidades escolhidas, já que o anúncio das eleitas será realizado apenas no final de 2013.


Seria uma aposta no escuro, apesar das grandes possibilidades de obter êxito nessa empreitada. Difícil será convencer a iniciativa privada, de onde viriam os recursos necessários às obras não previstas no Orçamento do Município, a colocar dinheiro em um projeto que pode não vingar. Desta forma, se não houver o financiamento privado, Guarulhos pode perder a Copa do Mundo entre seus dedos.

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