O ministro da Economia, Paulo Guedes, nomeou um simpatizante do presidente da República, Jair Bolsonaro, como novo corregedor da Receita Federal. O cargo estava vago desde julho do ano passado e ganhou relevância após o senador e filho do presidente, Flávio Bolsonaro (PL-RJ) acionar o órgão alegando que havia irregularidades na atuação de auditores que investigaram a acusação de "rachadinha" no gabinete do senador. O caso foi arquivado.
A nomeação de João José Tafner foi publicada no Diário Oficial da União desta terça-feira, 1º de fevereiro.
Auditor fiscal desde 2007, ele apoiou a campanha para deputado estadual do também auditor fiscal Marcus Dantas. Em fotos nas redes sociais, Tafner aparece ao lado do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), também filho do presidente da República, e de Dantas durante a campanha usando adesivos do então candidato e a camiseta da seleção brasileira, que se tornou uniforme dos apoiadores de Bolsonaro.
Segundo fontes da Receita Federal, Tafner é tido no órgão como bolsonarista. Além disso, a indicação chama a atenção porque Tafner não ocupava funções de liderança dentro do Fisco.
De acordo com dados do Portal da Transparência, ele não tinha cargo gratificado, dado a chefes, desde 2014.
Apesar de ser simpatizante do governo, Tafner não foi a primeira escolha do clã Bolsonaro para o cargo. Segundo fontes, o presidente Bolsonaro chegou a convidar Dagoberto Lemos para o cargo, o que levou a reação dentro da Receita.
O então secretário José Tostes tinha escolhido, com apoio de Guedes, Guilherme Bibiani.