Cidades

Guerra contra superlotação

Segundo a STT, objetivo é garantir a segurança dos próprios passageiros, que correm riscos ao permanecerem em pé dentro dos veículos em movimento

A Secretaria de Transportes e Trânsito (STT) intensificou a fiscalização sobre as lotações que continuam circulando na cidade – respaldadas por liminares – mesmo com a implantação do novo sistema de transporte, que inclui o Bilhete Único. O objetivo é garantir a segurança dos próprios passageiros, que correm riscos ao permanecerem em pé dentro dos veículos em movimento. Os perueiros estão sendo parados, desde terça-feira, em pontos estratégicos por fiscais da STT, apoiados por policiais militares da Ronda Ostensiva Com Apoio de Motocicletas (ROCAM) e guardas civis municipais (GCM).

A fiscalização visa constatar a circulação de vans irregulares, que estariam aproveitando a liberação de perueiros que rodam com liminares, e também regulamentar a proibição do transporte de passageiros em pé no transporte alternativo.

Alternativa dos passageiros que ainda fogem das baldeações dos micros-ônibus e ônibus do novo sistema, agora as lotações terão que se adequar ao transporte de todos passageiros acomodados.

Reclamações – O cobrador de lotação Wagner Franco, 26, reconhece que existam lotações irregulares circulando na cidade, mas critica a atuação da STT. "Mesmo com chuvas, eles mandavam os passageiros descerem da van. Ninguém foi informado, o usuário vai em pé pela necessidade".

Atuante desde 1996 no sistema, Márcio Gomes, 37, conta que, só ontem, foi parado duas vezes. "Estou indignado. Nem o cobrador pode ficar em pé, quando ele se levanta para passar o cartão no validador, corremos risco de levar uma multa", afirma. Segundo ele, com a proibição do transporte em pé dos passageiros, o prejuízo pode chegar a R$ 400 por dia. "No mínimo teremos 150 passageiros a menos. Um perueiro que faz o trajeto do Bela Vista-Centro não terá tanto prejuízo, mas imagina quem vem do Fortaleza até o Centro, com só 14 passageiros", compara.

STT – O Guarulhos Hoje questionou a STT sobre os motivos da intensificação da fiscalização, se o órgão flagrou lotações atuando sem liminares e quais sanções seriam aplicadas em caso de confirmação desta lotações, porém, não houve respostas até o fechamento desta edição.

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