O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), responsável pela Pnad Contínua, vai divulgar novos dados sobre o mercado de trabalho a partir de novembro, com as chamadas medidas de subutilização da mão de obra – a quantidade de trabalhadores ocupados, mas que poderiam trabalhar mais horas na semana.
Além da taxa de desocupação, a pesquisa vai, portanto, começar a revelar um indicador de subutilização por insuficiência de horas trabalhadas e outro de força de trabalho potencial. “No recorte por insuficiência de horas serão considerados os que trabalharam menos de 40 horas na semana de referência, porém gostariam de trabalhar mais e estavam disponíveis para isso”, explica Cimar Azeredo, coordenador de Trabalho e Rendimento do IBGE. “Já a força de trabalho potencial são as pessoas que realizaram busca efetiva de trabalho, mas não estavam disponíveis, como grávidas ou estudantes. Outro grupo são os que não haviam buscado emprego, mas gostariam de trabalhar e estavam disponíveis – os que antes eram chamados de desalentados.”
Cimar explica que o cálculo da taxa de desocupação não sofrerá mudanças, pois segue os padrões estabelecidos pela Organização Internacional do Trabalho (OIT). Pela Pnad Contínua, são considerados desocupados os que não trabalharam nem uma hora na semana anterior à pesquisa, mas tentaram conseguir emprego nos últimos 30 dias. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.