Economia

Ibovespa recua no último pregão de abril, mas acumula alta de 0,88% no mês

O Ibovespa chegou a ensaiar alta na abertura dos negócios de hoje, mas fechou o último pregão de abril em queda de 0,38%, aos 86.115,49 pontos. Mesmo assim, acumulou ganhos de 0,88% no mês e segue com rentabilidade de dois dígitos no ano, com valorização de 12,71%. Em dia de agenda fraca no mercado doméstico, por conta do feriado nesta terça-feira, 1º, a bolsa brasileira foi basicamente influenciada pelo cenário externo, principalmente as Bolsas em Nova York.

Na parte da tarde, o Ibovespa renovou mínimas, à medida que os índices em Nova York ampliavam as perdas, de acordo com operadores. As commodities em alta ajudaram a impedir uma queda maior da bolsa brasileira. O petróleo teve alta hoje e contribuiu para os ganhos das ações da Petrobras, que subiram mais de 1%. A Vale também teve dia de valorização hoje. O recuo dos papéis de grandes bancos, porém, impediu que o índice tivesse melhor desempenho. O papel do Bradesco cedeu 1,54% e o do Itaú perdeu 0,95% influenciados pelo mau humor externo.

O analista da Lerosa Investimentos, Vitor Suzaki, destaca que hoje o ambiente doméstico ficou em segundo plano por conta da agenda esvaziada, mas as atenções devem ser crescentes para o calendário eleitoral nas próximas semanas, sobretudo de investidores domésticos. Na agenda de hoje, dados das contas fiscais de março foram os destaques e seguiram mostrando piora das contas. Para Suzaki, a preocupação maior é como as contas do setor público ficarão a partir de 2019 e, por isso, a importância de quem vai ganhar as eleições.

Ao longo da semana, haverá eventos importantes no mercado externo. O principal é a reunião de política monetária dos dirigentes do Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos), que começa amanhã. Os analistas do Bank of America Merrill Lynch não esperam que o Fed eleve os juros agora, mas o comunicado da reunião pode sinalizar o que esperar dos próximos encontros. O banco prevê três elevações este ano, mas argumenta que os riscos estão pendendo para a possibilidade de mais aumentos. Se a elevação de juros for mais rápida que o previsto nos EUA, os movimentos nos fluxos internacionais de capital podem ser afetados, influenciando também a entrada de recursos externos na B3. Em abril, o fluxo continuou firme e somou R$ 4,1 bilhões até o dia 26.

Nas notícias corporativas, o destaque hoje na B3 foi a estreia das ações do banco Inter, a primeira fintech a listar suas ações na bolsa brasileira. A abertura de capital do banco movimentou R$ 721,9 milhões e a ação saiu a R$ 18,50. No pregão de hoje, o papel fechou estável.

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