Economia

Indicador Antecedente de emprego (IAEmp) da FGV fica estável em abril ante março

O Indicador Antecedente de Emprego (IAEmp) registrou estabilidade em abril ante março, no patamar de 100,5 pontos, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV) nesta terça-feira,9. O resultado sucede uma sequência de três altas consecutivas. O Indicador Coincidente de Desemprego (ICD) apresentou queda de 3,2 pontos em relação ao mês anterior, atingindo 97,4 pontos. No ano, o indicador já cedeu 6,2 pontos.

“O índice Antecedente de Emprego manteve-se em patamar positivo demonstrando otimismo quanto a geração futura de emprego na economia. Ao mesmo tempo, o Índice Coincidente de Desemprego apresentou forte retração nos últimos meses indicando alguma percepção de melhora na margem no mercado de trabalho. No entanto, o nível elevado do indicador mostra a grande dificuldade ainda sentida pelos consumidores no mercado de trabalho e que são corroboradas pelo ICD e pelos dados oficiais”, afirmou o economista Fernando de Holanda Barbosa Filho, do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV), em nota oficial.

O ICD é construído a partir dos dados desagregados, em quatro classes de renda familiar, da pergunta da Sondagem do Consumidor que procura captar a percepção sobre a situação presente do mercado de trabalho. Já o IAEmp é formado por uma combinação de séries extraídas das Sondagens da Indústria, de Serviços e do Consumidor, todas apuradas pela FGV. O objetivo é antecipar os rumos do mercado de trabalho no País.

No IAEmp, o indicador de expectativas da indústria com a situação dos negócios nos próximos seis meses avançou 5,9 pontos, enquanto o indicador de expectativa do consumidor com relação à facilidade de se conseguir emprego nos seis meses seguintes recuou também 5,9 pontos.

No ICD, as classes de renda familiar que mais contribuíram para a queda de abril foram as duas mais baixas: consumidores com renda até R$ 2.100,00, com redução de 2,1 pontos; e famílias que recebem entre R$ 2.100,00 e R$ 4.800,00 mensais, com queda de 1,1 ponto.

“A expectativa de melhora nos próximos meses deve continuar enquanto o Banco Central estiver reduzindo a taxa de juros, o que deve estimular a economia ao longo do ano. No entanto, a melhora da situação atual no mercado de trabalho ainda deve ser lenta”, completou Barbosa Filho.

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