Estadão

Israel envia tropas para a fronteira com Gaza e reforça segurança interna

O novo conflito entre judeus e palestinos, iniciado na segunda-feira, dia 10, chega ao quarto dia sem sinal de trégua. Israel intensificou, nesta quinta-feira, 13, o envio de tropas para a fronteira com a Faixa de Gaza, o que aumenta os rumores de uma operação militar por terra, enquanto grupos militantes palestinos como o Hamas continuam a lançar foguetes contra o território israelense – desde segunda, estima-se que 1.600 foguetes foram disparados desde Gaza.

Israel preparou tropas de combate ao longo da fronteira de Gaza e estava em "vários estágios de preparação de operações terrestres", disse um porta-voz militar, trazendo a lembrança incursões semelhantes realizadas durante as guerras Israel-Gaza em 2014 e 2008-2009. "O Chefe do Estado-Maior está inspecionando esses preparativos e fornecendo orientação", disse o tenente-coronel Jonathan Conricus.

Na fronteira, um militar israelense, identificado como Omar Tabib, morreu após militantes do Hamas atacarem usando munição antitanque. Um foguete disparado do enclave palestino conseguiu furar o sistema de bloqueio antiaéreo israelense e explodiu em um prédio em Tel-Aviv. De acordo com a polícia, cinco pessoas ficaram feridas.

Enquanto isso, novos ataques aéreos das forças militares israelenses destruíram um prédio residencial de seus andares no centro de Gaza. Segundo autoridades de saúde palestinas, 83 pessoas morreram desde o início do conflito, incluindo 17 crianças. Outras 487 pessoas ficaram feridas durante os mais de 600 bombardeios israelenses.

Em solo israelense, a violência atingiu níveis preocupantes, maior do que qualquer momento desde a intifada palestina em 2000. Cenas de selvageria, com pessoas dos dois grupos sendo espancadas, prédios depredados e veículos incendiados foram vistas na madrugada desta quinta. Voos foram desviados do Aeroporto Internacional Ben Gurion.

O ministro da Defesa, Benny Gantz, ordenou, nesta quinta-feira, uma nova movimentação de forças de segurança para cidades coabitadas para conter a violência interna. "Estamos em uma situação de emergência (…) e agora é necessário reforçar de forma massiva as forças sobre o território", disse em um comunicado, pelo qual informou que seriam convocados oficiais da reserva da guarda fronteiriça, que normalmente opera na Cisjordânia ocupada.

Cidades como Lod, no sul do país, que já foi considerada exemplo de coabitação pacífica entre israelenses e palestinos, tornaram-se palcos de protestos violentos. Membros da minoria árabe organizaram violentos protestos pró-palestinos, enquanto ataques de judeus contra árabes também pioraram da noite para o dia. Mais de 150 prisões foram feitas durante a noite em Lod e nas cidades árabes no norte de Israel, disse a polícia. (Com agências internacionais).

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