O Brasil foi beneficiado pela busca por ativos com retornos maiores e também pela elevada liquidez nos mercados globais, com consequências positivas para o fluxo para o País, disse o diretor executivo de Corporate e de Banco de Investimento do Itaú BBA, Christian Egan. “Yield (rendimento) alto com liquidez elevada é uma combinação poderosa”, afirmou o diretor nesta segunda-feira, 22, em almoço com jornalistas em São Paulo.
O diretor de renda fixa da instituição, Felipe Wilberg, acrescentou que o contrato de proteção contra calote do Brasil melhorou 100 pontos-base em relação ao contrato de outros emergentes, mas que ainda faltam cerca de 40 pontos-base para o contrato se alinhar a outros países emergentes comparáveis.
Egan acrescentou que os registros de fluxo recentes mostram que o investidor não está escolhendo o Brasil, mas que o País é beneficiado pelo movimento. “O fluxo dedicado ao Brasil está timidamente aparecendo e deve continuar aumentando”, afirmou.
O diretor do Itaú BBA Corretora, Carlos Constantini, destacou que até o momento o investidor alocou de modo passivo. “Tem muito por vir do investidor ativo e nossa premissa é de que nossa agenda deve ser positiva em reformas e desempenho da economia”, disse.
Lava Jato
Os anúncios de desinvestimentos por parte das empresas que tiveram seus nomes ligados à operação Lava Jato estão ocorrendo dentro do esperado e a expectativa é de que outras transações sejam firmadas até o fim do ano, disse o diretor do banco de investimento do Itaú BBA, Roderick Greenlees.
De janeiro a julho, as fusões e aquisições (M&A, na sigla em inglês) somaram US$ 20,6 bilhões, em um total de 52 operações, de acordo com levantamento feito pela instituição financeira.
Christian Egan, por sua vez, disse que o mercado de fusões e aquisições no Brasil está forte. Nesse contexto, o diretor citou as operações de fusão entre BM&FBovespa e Cetip e Kroton e Estácio.