A taxa média de juros no crédito livre caiu de 53,4% ao ano em fevereiro para 52,5% ao ano em março, informou nesta quarta-feira, 26, o Banco Central. Em março de 2016, essa taxa estava em 51,1% ao ano. Para pessoa física, a taxa média de juros no crédito livre passou de 73,5% para 72,7% ao ano, de fevereiro para março, enquanto para pessoa jurídica foi de 28,7% para 27,5% ao ano.
Entre as principais linhas de crédito livre para a pessoa física, destaque para o cheque especial, cuja taxa subiu de 327,0% para 328,0% ao ano de fevereiro para março. Para o crédito pessoal, passou de 54,1% para 52,4% ao ano. Para veículos, os juros foram de 25,7% para 24,8% ao ano, de fevereiro para março.
A taxa média de juros no crédito total, que inclui também as operações direcionadas (com recursos da poupança e do BNDES), caiu ligeiramente, de 32,3% ao ano em fevereiro para 32,2% ao ano em março. Em março de 2015, estava em 32,1%.
Spread bancário
O spread bancário médio no crédito livre caiu de 42,7 pontos porcentuais em fevereiro para 42,3 pontos porcentuais em março, informou o Banco Central. O spread médio da pessoa física no crédito livre cedeu de 62,6 para 62,2 pontos porcentuais no período. Para pessoa jurídica, o spread médio recuou de 18,3 pontos para 17,7 pontos porcentuais.
No crédito direcionado, o spread médio foi na contramão e subiu ligeiramente, de 4,1 pontos em fevereiro para 4,3 pontos em março.
Levando-se em conta o crédito livre e direcionado, o spread médio no crédito total passou de 24 pontos para 23,9 pontos porcentuais no período.
O BC informou também que a taxa de captação dos bancos no crédito livre caiu e passou de 10,7% em fevereiro para 10,2% em março.
Média diária
A média diária de concessões de crédito livre subiu 2,7% em março ante fevereiro, para R$ 11,4 bilhões, informou o Banco Central.
No crédito direcionado, a média de novos empréstimos concedidos, ao contrário, caiu 3,1%, para R$ 1,1 bilhão. Em março de 2016, a média era de R$ 11,3 bilhões no caso de recursos livres e de R$ 1,3 bilhão no de direcionado.
No acumulado do ano até março, a concessão de novos créditos tem queda de 3,6% para os recursos livres e recuo de 9,9% para o financiamento direcionado. Nos 12 meses encerrados em março, a retração é de, respectivamente, -6,4% e -18,3%.
Quando se soma o crédito livre e o direcionado, as concessões médias tiveram crescimento de 2,2% em março ante fevereiro, para R$ 12,5 bilhões. A média diária em março de 2016 era de R$ 12,6 bilhões. No acumulado de 2017, as concessões totais caíram 4,2% e, em 12 meses até março, o recuo é de 7,8%.
Inadimplência
A taxa de inadimplência no crédito livre subiu de 5,6% em fevereiro para 5,7% em março, informou o Banco Central. Em março de 2016, a taxa estava em 5,5%. Para pessoa física, a taxa de inadimplência ficou em 5,9% em março, igual ao verificado em fevereiro e ante 6,2% em março do ano passado.
Para as empresas, ficou em 5,6%, ante 5,2% do mês anterior e 4,9% de um ano antes.
A inadimplência do crédito direcionado subiu de 1,9% em fevereiro para 2,0% em março.
O dado que considera crédito livre mais direcionado mostra inadimplência de 3,8% em março, ante os mesmos 3,8% de fevereiro. Um ano antes, a taxa estava em 3,5%.
No cheque especial, o volume de calotes atingiu 15,5% em março, ante 16,0% em fevereiro.
No caso de aquisição de veículos, o volume de calotes atingiu 4,5% em março, ante 4,6% em fevereiro. Já no cartão de crédito, ficou em 7,5%, ante 7,7% de fevereiro.