Os juros futuros de curto prazo fecharam a sessão regular desta quinta-feira, 3, em alta, enquanto a ponta longa terminou o dia perto dos ajustes anteriores. Os vencimentos de prazo mais próximo subiram refletindo a percepção do mercado de que a escalada do dólar reduz as chances de o Comitê de Política Monetária (Copom) cortar a Selic no próximo encontro dos dias 15 e 16 de maio.
Os longos acompanharam a trajetória do dólar, que esteve em alta durante boa parte do dia, mas passou a cair no meio da tarde, levando os vencimentos a partir de 2021 a zerarem o avanço.
As apostas para a Selic em maio em torno de mais uma queda de 0,25 ponto porcentual seguem majoritárias, com precificação na curva de cerca de 65%, mas vêm caindo nos últimos dias – na semana passada estavam perto de 80%.
Além do avanço do dólar, o mercado viu na decisão do Banco Central de ofertar volume de swap acima do vencimento de contratos de junho (US$ 5,6 bilhões) como sinal de preocupação do BC com o câmbio, o que poderia desestimular a continuidade do ciclo de queda da taxa básica.
Ao final da sessão regular, a taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para outubro de 2018, que movimentou mais de 500 mil contratos, estava em 6,230%, de 6,218% no ajuste anterior, e o DI para janeiro de 2019 fechou com taxa de 6,275%, de 6,249% no ajuste anterior. A taxa do DI para janeiro de 2020 subiu de 6,99% para 7,05% e a do DI para janeiro de 2021, de 8,00% para 8,04%. A taxa do DI para janeiro de 2023 encerrou em 9,21%, de 9,20%.