Os investidores em juros trabalharam de olho na reunião do Copom da próxima semana e isso se refletiu na ponta curta de DI, que operou em alta, à espera de um novo aperto de 0,50 na Selic. Nas partes intermediária e longa, o comportamento do dólar influenciou as taxas nesta quarta-feira, 22, volta do feriado de Tiradentes.
A aposta do mercado de que haverá um novo aumento de 0,50 ponto porcentual no encontro da Selic na próxima semana cresceu depois que o presidente do BC, Alexandre Tombini, afirmou que a autoridade monetária “foi, está e continuará” vigilante com relação à inflação.
Depois de retirar o termo “vigilante” do Relatório Trimestral de Inflação, a direção do Banco Central imediatamente tratou de corrigir o lapso ao reafirmar o termo vigilante, desde então repetido pelos seus integrantes.
Assim, embutindo a expectativa de que a Selic vá a 13,25% no encontro que termina na quarta-feira que vem, o DI para julho de 2015 terminou em 13,160%, de 13,149% no ajuste de segunda-feira. Os vencimentos intermediários e longos, por sua vez, foram influenciados pela queda do dólar e pelo avanço dos yields dos Treasuries, o que os fez terminar perto da estabilidade, com discreto viés de baixa. O DI para janeiro de 2016 apontava 13,54%, de 13,53% na segunda-feira. O DI para janeiro de 2017 mostrava 13,32%, de 13,33% no ajuste anterior. E o DI para janeiro de 2021 indicava 12,60%, ante 12,64% na segunda-feira. O dólar recuou 0,40%, a R$ 3,012.
O balanço da Petrobras também pode ter efeito sobre os juros a partir de amanhã. Se os dados agradarem, devem embutir um viés negativo às taxas, à medida que puxam para baixo também a cotação do dólar.