Os juros futuros encerraram a sessão desta segunda-feira, 22, em baixa, mais firme na parte longa da curva. A redução da busca por segurança nos ativos globais diante do otimismo com a Grécia, que no exterior provocou a alta do rendimento dos Treasuries, no Brasil levou à devolução de prêmios, com consequente recuo das taxas. O alívio teve ainda a ajuda do dólar em queda e realização de lucros após as altas da semana passada. Os contratos de vencimento curto fecharam com queda bem mais amena, travados pela expectativa da divulgação, na quarta-feira, do Relatório Trimestral de Inflação (RTI).
Ao término da sessão regular, o DI janeiro de 2016 estava em 14,19%, de 14,23% no ajuste da sexta-feira, e o DI janeiro de 2017 recuava de 14,04% para 13,92%. O DI janeiro de 2021 fechou em 12,64%, de 12,75% no ajuste anterior. A T-Note de dez anos, projetava, às 16h24, 2,363%, de 2,262% no final da tarde de sexta-feira. O dólar terminou cotado em R$ 3,081 (-0,64%) no segmento à vista de balcão.
O movimento foi conduzido pela expectativa de que um acordo entre a Grécia e seus credores seja concluído nesta semana, para que o país consiga saldar sua dívida de 1,6 bilhão de euros até o dia 30 com o Fundo Monetário Internacional (FMI).
O país apresentou proposta de reformas no fim de semana, que inclui novos impostos sobre empresas e ricos, mas sem cortes em pensões ou no salário do funcionalismo, pontos nos quais o governo grego não queria mexer. Atenas aceitará ainda adotar regras mais duras para aposentadorias antecipadas e mudará algumas categorias de bens e serviços sujeitos a uma taxação maior.
Com isso, os investidores estão otimistas sobre um entendimento no curtíssimo prazo. O presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk, disse que as propostas são as primeiras “reais” em semanas e que houve desenvolvimentos promissores nas negociações. Nesta tarde, líderes europeus estão reunidos para discutir a questão grega, mas é improvável que uma solução seja anunciada ainda hoje.