Estadão

Livros de James Bond terão termos preconceituosos removidos em nova edição

Novas edições de livros do agente secreto James Bond, lançados originalmente entre 1951 e 1966, em especial <i>Live and Let Die</i> (1954) deverão ser publicadas com restrição a alguns termos e trechos, informou reportagem do<i> The Telegraph</i>.

Segundo o jornal britânico, os livros terão o seguinte aviso: "Esse livro foi escrito em uma época em que termos e atitudes que podem ser consideradas ofensivas por leitores modernos eram comuns. Algumas atualizações foram feitas nesta edição, tentando se manter o mais próximo possível ao texto original e ao período em que se passa".

Boa parte das alterações se trata de palavras pejorativas para se referir a negros, tendo sido alteradas para "homem negro" ou "pessoa negra". Outros trechos foram reduzidos ou removidos.

Por exemplo, num momento em que James está em uma boate do Harlem, constava: "Bond podia ouvir o público grunhindo e ofegando como porcos no chiqueiro. Ele sentiu as próprias mãos segurando a toalha de mesa. Sua boca estava seca". O trecho seria alterado para: "Bond podia sentir a tensão elétrica na sala"

A editora dos livros de 007, Ian Fleming Publications, afirmou: "Nós revisamos o texto e os livros originais de Bond e decidimos que seria a melhor ação a ser tomada guiando-se pela vontade de Ian. Nós fizemos mudanças em <i>Live and Let Die</i> que ele mesmo autorizou". O autor morreu em 1964, mas teria deixado a permissão para alterações às versões vendidas nos Estados Unidos.

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