O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse nesta quinta-feira, 7, que está disposto a trabalhar nos próximos dez dias no convencimento dos parlamentares para garantir que o governo tenha os 308 votos necessários para aprovação da reforma da Previdência. “Por mais difícil que ainda seja, nosso papel é tentar até o último dia”, afirmou ao chegar na Câmara dos Deputados pela manhã.
Maia ressaltou que a base governista tem de criar rapidamente as condições para colocar o tema em votação e que é preciso tentar todas as datas para garantir a aprovação da reforma ainda este ano. O presidente da Câmara reconheceu que ainda não há o ambiente para votação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) e que é preciso trabalhar para a criação dessas condições ideais para o governo. “Não posso colocar (para votação) sem voto.”
Ele disse que, se ainda houvesse pelo menos mais quatro semanas de trabalho legislativo, certamente o texto seria aprovado. Na prática, a Câmara tem apenas mais duas semanas de trabalho neste ano. “Se a gente não passar a análise da verdade (de que não há voto), a gente acaba tendo resultado negativo (não aprovação do texto)”, afirmou.
O presidente da Câmara disse também que é preciso falar a verdade para a sociedade e afirmou que, no ano que vem, sem a reforma da previdência, prefeitos virão a Brasília pedir ajuda e não terão recursos. “Vamos discutir o tempo necessário para votar.”
Maia finalizou a entrevista dizendo que a reforma da previdência será o tema das eleições de 2018. “Não adianta fugir desse assunto”, concluiu.