Após votar na sede do Incra, em Rio Branco, na manhã deste domingo, a candidata do PSB à Presidência da República, Marina Silva, fez ataques à adversária petista, Dilma Rousseff, e evitou falar sobre a sua queda nas pesquisas de intenção de voto e em possíveis alianças, caso não vá para o segundo turno. Marina disse estar confiante de que os eleitores “saberão honrar quem não quis ganhar a eleição apenas na base da calúnia, do boato.”
A candidata reclamou de intimidações e constrangimentos feitos pelos adversários. “A democracia serve para melhorar a própria democracia e não criar uma situação de constrangimento e intimidação, como meus adversários fizeram”, disse a ex-senadora.
Pela primeira vez desde que Marina entrou na disputa presidencial em agosto, após a morte de Eduardo Campos (PSB), o senador Aécio Neves (PSDB) ultrapassou numericamente a candidata do PSB nas pesquisas de intenção de voto divulgadas neste sábado, mas ainda há empate técnico. Com o resultado, segue indefinido quem será o adversário de Dilma em um eventual segundo turno.
Marina atribuiu a queda repentina na preferência do eleitorado ao pouco tempo da campanha na TV em relação aos dois principais oponentes. Ela disse, no entanto, estar confiante que vai para o segundo turno, onde promete fazer “debate” e não “embate”.
“Eu venho de uma realidade pobre. Está aqui meu pai, de 78 anos, seringueiro. Ele é pobre, sempre foi pobre, mas me ensinou que o cidadão não deve favor e sim tem direitos”, declarou Marina. Depois da votação, ela seguiu com o marido em um jatinho particular para São Paulo, onde acompanhará a apuração dos votos.