As exportações brasileiras começaram o mês em queda. Na média de 1 a 9 de novembro em relação a novembro de 2013, houve queda de 19,1% ao passar de US$ 1,043 bilhão para US$ 843,8 milhões. Os dados são do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) e foram divulgados nesta segunda-feira, 10. Os três segmentos de produtos puxaram essa retração: manufaturados (-23,2%), básicos (-19,5%) e semimanufaturados (-6,5%).
Segundo o MDIC, os manufaturados recuaram de US$ 439,0 milhões para US$ 337,3 milhões influenciados por vendas menores de veículos de carga, automóveis de passageiros, tratores, máquinas para terraplenagem, óleos combustíveis, suco de laranja não congelado e aviões.
Nos básicos, as vendas passaram de US$ 456,5 milhões para US$ 367,7 milhões devido a soja em grão, minério de ferro, minério de cobre, milho em grão, farelo de soja e fumo em folhas. Entre os semimanufaturados, que caíram de US$ 124,2 milhões para US$ 116,1 milhões, o recuo foi puxado por quedas de ferro/aço, ferro fundido, óleo de soja em bruto e açúcar em bruto.
O ministério ainda informou que na comparação do intervalo de 1 a 9 com outubro de 2014, o crescimento foi de 5,9% devido ao aumento nas vendas de produtos manufaturados (+13,3%, de US$ 297,7 milhões para US$ 337,3 milhões) e básicos (+3,9%, de US$ 354,0 milhões para US$ 367,7 milhões).
Importações
Enquanto as exportações esfriaram, as importações aumentaram no período de 1º a 9 de novembro. Segundo o MDIC, a média diária deste período, que ficou em US$ 993,2 milhões, é 3,9% maior que a média de novembro de 2013 (US$ 956,2 milhões).
De acordo com o ministério, essa alta foi influenciada por compras de combustíveis e lubrificantes, que cresceram 32,2%, além de aumento de farmacêuticos (+31,5%), adubos e fertilizantes (23,1%), aparelhos eletroeletrônicos (8,5%), plásticos e obras (6,5%) e siderúrgicos (4,5%).
O MDIC informou ainda que frente a outubro de 2014, o crescimento foi de 17,1%. Entre os itens que influenciaram o desempenho se destacam os combustíveis e lubrificantes, com alta de 58,5%, farmacêuticos (+37,6%), adubos e fertilizantes (29,7%), siderúrgicos (24,4%), aparelhos eletroeletrônicos (18,5%) e plásticos e obras (10,3%).