O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, minimizou nesta sexta-feira, 14, em entrevista coletiva a retração de 0,51% da atividade econômica em maio em ante abril, medida pelo Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br). Segundo ele, o indicador tem metodologia diferente da usada no cálculo do Produto Interno Bruto, medido pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
De acordo com Meirelles, há vários indicadores diferentes, alguns com dados bastante positivos, outros “às vezes mostrando alguma acomodação, com alguma queda mensal”. “Uma economia que cai há muito tempo agora começa a crescer. E o processo nunca é uniforme. É normal que haja processo de oscilação”, disse o ministro.
“É um item relevante, mas ele não é necessariamente um indicador do PIB. E como é mensal, é uma análise de alta frequência, é normal que tenha oscilações, inclusive por ajuste dos estoques. Mas isso não faz com que venhamos a alterar nossas previsões de crescimento para o ano de 2017, achamos que são oscilações normais, naturais”, completou.
Meirelles lembrou que a retomada é um processo gradual, que o País já vem de dois meses consecutivos com saldo líquido de empregos. O ministro defendeu que a aprovação a reforma trabalhista nesta semana foi um passo fundamental em direção ao rumo certo, defendendo a importância de ter uma legislação trabalhista atualizada.
Segundo ele, os próximos passos do governo serão no sentido de apresentar ao Congresso uma mudança na lei de recuperação das empresas, implementar uma centralização de registro eletrônico de duplicatas e recebíveis e criar medidas que reduzam em mais de 40% o tempo de processamento de importação e exportação.
“Estamos trabalhando em algumas questões politicas, o mas fato concreto é que economia está retomando seu rumo”, declarou. O ministro defendeu que o quadro atual dá confiança para agentes econômicos e para consumidores.
Meirelles concedeu entrevista coletiva nesta sexta-feira antes de participar do painel “Perspectivas Econômicas & Políticas Públicas: Desafios para o Brasil”, na sede da Fundação Getulio Vargas (FGV), no Rio.
Mais cedo, o ministro esteve em almoço com o prefeito do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella (PRB), no Palácio da Cidade, sede do governo municipal, em Botafogo, zona sul do Rio.