Os jornais da América Latina destacaram a forte reação dos mercados brasileiros no dia seguinte à reeleição da presidente Dilma Rousseff (PT).
A manchete dos sites argentinos Clarín e La Nación ressaltava a queda de 6% o Ibovespa, puxado por retrações de dois dígitos nas ações de estatais como Petrobras e Eletrobras. Os veículos ainda apontavam a forte desvalorização do real frente ao dólar, que chegou a passar de R$ 2,55.
O chileno Diario Financiero ainda acrescentou que, diante de uma dura campanha, Dilma conseguiu se impor ao candidato favorito dos mercados, Aécio Neves (PSDB), por uma vantagem de apenas três pontos percentuais – a menor desde a eleição de 1989, quando Fernando Collor de Melo derrotou Lula por uma margem de seis pontos percentuais.
O venezuelano El Nacional comentou que Dilma venceu a eleição com 51,64% dos votos, ante 48,36% de Aécio, o que fez o país acordar com os olhos voltados para a Bolsa. Os investidores, frisou o periódico, criticaram a política intervencionista da presidente Dilma, defendendo a proposta econômica liberal de Aécio Neves.
Já o mexicano El Universal ressaltou os cumprimentos feitos pelo presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, à sua colega Dilma Rousseff, que vieram acompanhados de uma oferta de fortalecimento da cooperação entre os países. A reeleição de Dilma, segundo o veículo, ainda intensifica a relação do Brasil com a União Europeia.