Em protesto contra a morte do menino Lucas Brito dos Santos Araújo, 7 anos, ocorrida no dia 18 de agosto em decorrência de um tumor cerebral, familiares e membros do Sindicato dos Condutores de Guarulhos (Sincoverg-CUT) realizaram uma manifestação em frente à unidade do convênio Seisa, na avenida Esperança, no Centro, nesta segunda-feira de manhã.
O motorista e pai da criança, Luzimar Gomes de Araújo, 35, acredita que o ato público é uma forma de denunciar o mau atendimento que o filho recebeu no convênio. A mãe, Rita de Cássia Brito, 29, relata que o filho deu entrada no atendimento do convênio por três vezes com muita dor de cabeça, e mesmo assim a Seisa se recusou a princípio a fazer uma tomografia. "Precisei brigar para o médico solicitar o exame e ainda tive que presenciar a perda do meu filho em meus braços. O convênio poderia ter sido mais rápido para encaminhar o Lucas para a Unidade de Terapia Intensiva (UTI)".
Em nota, a Seisa Assistência Médica declara que no dia 11 de agosto, foi realizado raio-x dos seios da face porque o paciente apresentava cefaleia, sendo diagnosticada uma sinusite aguda. Novamente no dia 17, a criança deu entrada na Seisa Unidade de Urgência com queixa de cefaleia, sem vômitos e sem febre. Após avaliação médica do pediatra, foi solicitado exame de tomografia computadorizada de crânio.
O laudo da tomografia constava imagem sugestiva de tumor cerebral, que deveria ser confirmada através de exame de ressonância magnética, que ficou agendado para a manhã seguinte, no primeiro horário, visto que o exame exige preparo.
Em 18 de agosto, às 08h45 o paciente Lucas foi removido para o Hospital Carlos Chagas para realização da ressonância. Confirmado diagnóstico, foi solicitada internação pelo Hospital Carlos Chagas, em UTI Infantil, o que foi atendido prontamente. O paciente foi internado pelo Pronto Socorro da instituição, indo a óbito às 14h50, do mesmo dia. De acordo com a necropsia, a causa da morte foi um processo expansivo de fossa posterior, ou seja, tumor cerebral de fossa posterior.
Segundo o presidente do sindicato e vereador, Orlando Maurício Júnior, Brinquinho, que também estava presente no protesto, o Departamento Jurídico do Sincoverg-CUT já entrou com uma ação judicial contra o convênio.