Opinião

Mulheres ganham mais espaço no mercado


Neste dia do trabalhador, além de todas as conquistas nos últimos anos, com destaque sobretudo aos constantes aumentos das taxas de emprego, há algo a salientar. O rendimento médio do trabalho das mulheres brasileiras cresceu 13,5% reais em 2010 na comparação com 2000 – muito além dos 4,1% dos homens e dos 5,5% de ambos os sexos somados, conforme constatou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) no Censo 2010.


A renda mensal média feminina, que equivalia a 67,7% do que ganhavam os homens no início da série, passou a 73,8% no seu fim. A pesquisa mostra que os maiores avanços da renda média mensal das trabalhadoras aconteceram no Nordeste, onde o aumento foi de 30,3% reais, de R$ 645 para R$ 841, contra 10,3% dos homens, de R$ 1.097 para R$ 1.210. Também houve aumentos expressivos dos ganhos mensais femininos no período no Centro-Oeste (22,8%) e Norte (21,7%). No Sul, o aumento da renda média do trabalho das mulheres foi de 15,2%.


Os avanços nos rendimentos de mulheres ocorreram em um quadro de melhoria geral da renda domiciliar combinada com uma concentração de renda ainda acentuada. De 2000 para 2010, o “rendimento mensal dos domicílios particulares permanentes” cresceu 15,5% além da inflação. Todos esses números se traduzem numa constatação que reflete o avanço das mulheres no mercado de trabalho. Algo conquistado pelo poder e capacidade delas em ocupar posições antes apenas preenchidas por homens, desde pequenos cargos até o comando de grandes empresas, até multinacionais.


Essa posição de equilíbrio entre homens e mulheres consolida a igualdade, em que a capacacidade de um e de outro não é medida pelo sexo mas pela condição intelectual e preparo profissional. Por essas e outras, dá para afirmar que o Brasil caminha a passos largos rumo a uma situação de destaque perante a comunidade internacional.


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