Economia

No Carnaval, aluguel de imóvel na praia tem diárias de R$ 120 até R$ 1.466

O prazo mínimo para locação estipulado pelos proprietários é de 4 dias na maioria dos casos

O Carnaval está chegando e quem quer passar os quatro dias do feriadão na praia precisa ficar atento na hora de alugar um imóvel, ao preço e as condições do lugar.  Segundo o Conselho Regional de Corretores de Imóveis do Estado de São Paulo (Crecisp), alugar um imóvel na praia nesse período pode custar de R$ 120 a R$ 1.466 por dia, dependendo do tipo escolhido e da cidade em que está localizado. Com a diária de R$ 120, aluga-se um apartamento do tipo quitinete em Peruíbe e Praia Grande, no Litoral Sul. Já por R$ 1.466 é possível ter à disposição um apartamento de 4 dormitórios no Guarujá ou em Santos, na faixa central do Litoral Paulista.

Entre esses extremos, há ofertas para todos os tipos de bolsos. Nas cidades do Litoral Norte, como Caraguatatuba e Ilhabela, por exemplo, é possível alugar uma casa de 3 dormitórios por R$ 694 a diária ou um apartamento de mesmo tamanho por R$ 575. No Litoral Sul, imóveis desse mesmo tipo estão sendo ofertados por R$ 500 (apartamentos) e R$ 408 (casas).

Um imóvel muito procurado por famílias menores é o de 2 dormitórios. No Litoral Sul, as diárias das casas com esse padrão estão cotadas a R$ 287 e os apartamentos a R$ 283. No Litoral Central, os valores são R$ 212 (casas) e R$ 407 (apartamentos). No Litoral Norte, os valores sobem: R$ 367 pelos apartamentos e R$ 525 pelas casas .

As diárias para a locação nesta temporada foram apuradas em pesquisa feita com 47 imobiliárias de 12 cidades pelo Crecisp e refletem os valores médios que os proprietários fixaram para seus imóveis, em locação nessas imobiliárias. "São os valores pedidos, e, embora nem sempre se consiga descontos, a negociação pode resultar em um preço menor, especialmente para os que não deixarem para alugar na última hora", afirmou José Augusto Viana Neto, presidente da entidade.

Além do prazo para negociar, ele chama a atenção para um detalhe fundamental – saber com quem se está negociando a locação do imóvel na praia. "Há muitos espertalhões que se aproveitam das facilidades que a Internet oferece para anunciar imóveis para locação que não lhes pertencem ou até que não existem. Infelizmente muitas pessoas ainda são lesadas e caem em golpes como esses", alerta.

Para Viana Neto, o bom é fazer a locação por meio do corretor ou de imobiliária, "que tem a proteção natural do Crecisp, que desses profissionais respeito à ética e ao consumidor", comenta. Mas quem quer alugar deve sempre perguntar o número de registro do Creci e, havendo dúvida, ligar para o Conselho. O site do Crecisp traz os registros das imobiliárias que oferecem imóveis para locação de temporada – http://www.crecisp.gov.br/temporada/index.asp.

Prazo mínimo e preços flutuantes

O prazo mínimo para locação estipulado pelos proprietários é de 4 dias na maioria dos casos, mas há situações em que o período mínimo de locação é de 5 dias. Outro detalhe a que o interessado em fazer a folia na praia deve atentar é para o número de ocupantes dos imóveis. A pesquisa apurou que, em média, ele chega ao máximo de 8 para quitinetes e imóveis de 1 dormitório; varia entre 10 e 12 para os de 2 dormitórios, chega a 20 para os de 3 dormitórios e 4 dormitórios, em alguns casos.

Em comparação com os valores das diárias do Carnaval de 2010, a pesquisa deste ano mostrou que o comportamento do mercado de locação foi muito parecido nas cidades do Litoral Central e Norte. No primeiro, houve quatro registros de alta das diárias e quatro de baixa. No Norte, foram quatro altas e três baixas. Já no Litoral Sul, foram seis registros de queda dos valores das diárias e três de alta.

A locação/dia que mais aumentou – 114,63% – foi a dos apartamentos de 4 dormitórios em cidades como Guarujá e Santos. Eles eram alugados por R$ 683 no Carnaval de 2010, valor que agora está em média em R$ 1.466. A maior baixa apurada pela foi a de casas de 1 dormitório no Litoral Norte – o aluguel diário baixou de R$ 311 para R$ 133, queda de 57,16%.

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