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O bêbado e o equilibrista

"Caía a tarde feito um viaduto, e o bêbado trajando luto me lembrou Carlitos…". Nos primeiros versos compostos por João Bosco e Aldir Blanc em 'O bêbado e a equilibrista' está a essência de nossa conversa de hoje. O período de festas natalinas se foi, e o ano de 2015 da Era Cristã já começou há 12 dias.

O bêbado da letra musical somos todos nós que nos embriagamos com a vida cotidiana, com as atividades que desgastam a alma sem, contudo, repor as energias. Dinheiro não compra saúde, tampouco os sentimentos sinceros. O bêbado está tão entorpecido que não percebe o que ocorre a sua volta, não desenvolve senso crítico, troca tudo pelo próximo copo cheio.

A equilibrista é a esperança de dias melhores, mais completos, repletos de valores eternos. Esperança significa Saber Esperar… Enquanto isso não ocorre, vamos equilibrar as bolas que Bryan Dyson, ex-presidente da Coca Cola, mencionou em seu discurso mais famoso…

"Imagine a vida como um jogo no qual você está fazendo malabarismos com cinco bolas no ar: seu trabalho, sua família, sua saúde, seus amigos e sua vida espiritual. E você terá de mantê-las todas no ar. Logo você irá perceber que o trabalho é como uma bola de borracha – se soltá-la, ela rebate e volta. Mas as outras bolas são frágeis como o vidro”.

O norte-americano Dyson não afirmou que o trabalho é o fator menos importante. Na verdade, ele disse que a forma como nós somos úteis às outras pessoas é o aspecto mais flexível; se cair, vai subir de novo no futuro. Dyson afirmou que nós devemos fazer o nosso melhor no horário destinado ao serviço profissional.

Nas horas restantes, nós devemos equilibrar sabiamente as demais esferas, compostas por material mais sensível. Sonhar com dias melhores é o nosso principal direito na atual Casa Planetária. Porém, atenção: as bolas não podem cair, neste ano e nos próximos.

 

José Augusto Pinheiro, 51, é jornalista guarulhense.

 

 

 

 

 

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