Estadão

Ouro fecha em alta, mantendo-se acima da marca psicológica de US$ 2.000 a onça-troy

O ouro fechou em alta nesta segunda-feira, 27, mantendo-se acima do nível psicológico dos US$ 2.000 a onça-troy em meio à queda dos rendimentos dos Treasuries e em dia de dólar misto no exterior. Na máxima intraday, o contrato mais líquido do metal atingiu seu valor mais alto desde maio.

Na Comex, divisão para metais da New York Mercantile Exchange (Nymex), o ouro com entrega prevista para dezembro fechou em alta de 0,53%, a US$ 2.012,40 por onça-troy.

De acordo com o estrategista-sênior de commodities do TD Securities, Daniel Ghali, "parece haver algo fomentando a procura por metais preciosos", sobretudo na China, que registrou aumento na procura pelo ouro na última semana, em meio a mercados mais tranquilos nos EUA, diante do feriado de Ação de Graças. Ghali vê continuidade da procura chinesa, e reconhece "uma potencial recuperação da procura sazonal nos meses que antecedem as celebrações do Ano Novo Chinês" como uma possível explicação.

Craig Erlam, da Oanda, também vê uma recuperação do metal, que tem conseguido se sustentar acima dos US$ 2.000 a onça-troy, apesar de que com dificuldades, visto que no último mês não conseguiu fechar nenhuma semana acima da marca psicológica.

A companhia de metais alemã Heraeus avalia que o preço recente do ouro tem sido uma surpresa, diante de um Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) com discursos ainda <i>hawkish</i> e rendimentos do Tesouro americano, apesar de que em queda, ainda em níveis elevados comparados à média recente. Estes elementos jogam contrários ao preço do ativo de segurança, que agora parece buscar maior consistência acima dos US$ 2.000.

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