O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) reduziu a participação no capital total da Petrobras de 16,54%, no encerramento do quarto trimestre de 2017, para 15,98% no exercício do primeiro trimestre deste ano. A venda de ações da petroleira contribuiu para o bom resultado do BNDES no primeiro trimestre, mas ajudou também a reduzir o excesso de exposição da instituição de fomento à Petrobras.
Pelas normas do Banco Central (BC), nenhum banco pode ter exposição (cálculo que inclui dívida e participação acionária) superior a 25% de seu patrimônio de referência (no caso do BNDES, R$ 163,127 bilhões, no primeiro trimestre deste ano) com um único cliente.
Há mais de uma década, o BNDES vinha acima desse limite, mas o governo federal foi criando exceções à norma do BC para impedir o desenquadramento da instituição de fomento.
A última mudança nessas exceções exigiu que o BNDES reduzisse, em um prazo de nove anos, o excesso de exposição à Petrobrás.
Segundo Vânia Borgerth, ex-superintendente de controladoria do BNDES, o banco de fomento já está praticamente zerado nesse excesso de exposição.