Cidades

Perigo no alisamento capilar

Formol, usado em algumas técnicas, teve seu uso proibido em grandes quantidades pela Anvisa

O verão está chegando e com ele, a preocupação das mulheres em ir para a praia ou piscina e estragar o cabelo. Nos últimos anos, a técnica da escova progressiva (alisamento capilar duradouro) surgiu no Brasil e se tornou quase que uma mania, que fez a cabeça de milhares de mulheres, que passaram a exibir cabelos cada vez mais lisos.

O grande problema é que o formol, substância tóxica, também usada como conservante, foi considerado prejudicial à saúde dos profissionais e clientes dos salões de beleza. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) proibiu o uso do produto com mais de 0,2%, e a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou-o como um agente potencialmente cancerígeno. Ainda assim, algumas mulheres, mesmo conhecendo os riscos, arriscam a saúde física e a dos cabelos. Apenas se dão conta dos problemas que o produto traz após o aparecimento de alguns sintomas.

Segundo a dermatologista e membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia, Maria Helena Garrone, o formol utilizado como alisante é altamente nocivo. "O contato direto do produto na pele do couro cabeludo ou outra região pode provocar irritação, queimaduras e descamação, queda de cabelo, falta de ar, dor de cabeça e tosse", reforça.

Para os profissionais que atuam nos salões de beleza em exposição repetida ao produto, o perigo é ainda maior. Sintomas como dor de barriga, enjôo, vômito, desmaios, feridas na boca, nos olhos e no nariz passam a ser comuns, sem contar a possibilidade de desenvolver câncer nas vias aéreas superiores, como nariz, faringe, traquéia e brônquios.

Assim, na hora de alisar os cabelos, as mulheres devem ter bastante atenção e utilizar apenas produtos registrados pela Anvisa, além de realizar o procedimento em estabelecimentos de confiança, onde se possa atestar a origem das substâncias utilizadas.

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