Economia

Pesquisas pesam; dólar vai a R$ 4,16, devolvendo movimento pós-ataque a Bolsonaro

O dólar abriu em forte alta nesta terça-feira, 11, e, na máxima intraday, subiu além dos R$ 4,16. Agentes do mercado de câmbio afirmam que o motivo do estresse nesse início de sessão é o fato de as pesquisas eleitorais terem contrariado as expectativas de enfraquecimento da esquerda diante da maior exposição midiática e suposto fortalecimento de Jair Bolsonaro (PSL) após o ataque a facada em Juiz de Fora.

Segundo operadores, a deterioração dos preços domésticos está ligada ao avanço de candidatos como Fernando Haddad (PT), ainda candidato a vice-presidente na chapa petista, e Ciro Gomes (PDT) nas pesquisas. Eles também mencionam o crescimento da aversão do eleitor à figura de Bolsonaro, candidato de direita que teve um aumento da rejeição maior que o de intenções de voto.

Às 9h22, o dólar à vista subia 1,44% aos R$ 4,1419. Nesse nível, a cotação voltou ao valor observado na quarta-feira (5/09), antes, portanto, da forte depreciação observada após o ataque a Bolsonaro.

Na máxima intraday, foi a R$ 4,1609 (+1,90%). Nesse nível, a cotação superou o teto do intervalo de R$ 4,02 a R$ 4,13 da análise gráfica feita pela Wagner Investimentos. No mercado futuro, o dólar para outubro subia 1,16% aos R$ 4,1420.

A pesquisa de intenção de voto do Datafolha mostrou que a intenção de voto no candidato Jair Bolsonaro oscilou de 22% em agosto para 24% nesta segunda-feira. Já a rejeição a Bolsonaro passou de 39% em agosto para 43% atualmente.

Ainda sobre as intenções de votos, quatro candidatos ficaram tecnicamente empatados na segunda colocação, dentro da margem de erro de dois pontos percentuais.

De agosto até o último levantamento, Ciro Gomes (PDT) subiu de 10% para 13%. Marina Silva (Rede) caiu de 16% para 11%. Geraldo Alckmin (PSDB) oscilou de 9% para 10%. Fernando Haddad cresceu de 4% para 9%.

Na pesquisa para presidente do Ibope/Estadão/TV Globo, realizada somente no Estado de SP, Bolsonaro aparece com 23% das intenções de voto, apenas um ponto porcentual acima do resultado de 20 de agosto, data da divulgação do levantamento anterior do mesmo instituto.

Alckmin subiu três pontos porcentuais, passando de 15% para 18%. Outros concorrentes também tiveram oscilação positiva, dentro da margem de erro: Ciro Gomes (PDT) foi de 8% a 11%, e Fernando Haddad (PT), de 5% para 7%.

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