Economia

Petróleo recua 3% e Bovespa cai, retornando aos 57 mil pontos

A piora do humor nos mercados internacionais e a queda das commodities impuseram cautela aos negócios e os investidores tiraram esta segunda-feira, 22, para embolsar os lucros recentes na Bovespa.

O gatilho para esse movimento foi a desvalorização do preço do petróleo, que recuou mais de 3% em Londres e em Nova York depois de um rali de seis altas consecutivas. O ajuste ocorreu em meio a dúvidas sobre a viabilidade de um acordo para controlar a produção.

Internamente, a inversão na tendência dos preços da commodity penalizou principalmente as ações da Petrobras, mas as perdas do Ibovespa foram generalizadas. Dos 59 papéis que compõem a carteira teórica do índice à vista, apenas dois fecharam no azul.

Em Wall Street, as bolsas de Nova York terminaram no negativo em meio à expectativa sobre a participação da dirigente do Federal Reserve, Janet Yellen, na abertura do simpósio anual em Jackson Hole, na sexta-feira, 26, após vários dirigentes do banco central norte-americano terem sinalizado nos últimos dias uma disposição para retomar o aperto monetário em breve.

O Ibovespa iniciou a semana em queda de 2,23%, aos 57.781,24 pontos, não muito distante da mínima da sessão, quando recuou 2,48%, aos 57.631 pontos. O volume financeiro somou R$ 5,84 bilhões. No mês de agosto, a Bolsa acumula ganho de 0,83%, e, no ano, de 33,29%.

Entre as blue chips, as ações da Petrobras terminaram em queda de 3,92% (ON) e 3,44% (PN), influenciadas pelo ajuste dos contratos futuros de petróleo. Até a semana passada, a expectativa de um acordo de congelamento da produção nos países produtores fez os contratos futuros subirem por seis sessões seguidas, mas hoje há dúvidas em relação a esse entendimento impuseram uma correção desse rali.

Os papéis da Vale, por sua vez, reproduziram o desempenho mais fraco de suas pares globais e recuaram 3,67% (ON) e 3,71% (PNA). No setor financeiro, Itaú Unibanco PN, ação de maior peso no Ibovespa, terminou em queda de 1,93%, seguido por Bradesco PN (-2,69%), Banco do Brasil ON (-3,84%) e units do Santander (-2,06%).

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