Michael Phelps fez uma passagem relâmpago por São Paulo, nesta quarta-feira, para a inauguração da loja de um dos seus patrocinadores. Mas o nadador vetou qualquer tipo de pergunta relacionada às competições, incluindo sua participação no Mundial de Kazan, em agosto.
Apesar de ser o detentor do maior número de medalhas olímpicas na história (são 22), Phelps não vive um bom momento na relação com a USA Swimming, a federação norte-americana de natação.
No ano passado, a entidade puniu o nadador após ele ser flagrado dirigindo bêbado e em alta velocidade, no dia 29 de setembro, em Baltimore. Phelps foi levado a julgamento – está em liberdade condicional por 18 meses – e precisou passar por um tratamento para dependentes químicos.
No campo esportivo, a entidade lhe aplicou uma suspensão de seis meses e o retirou da seleção norte-americana que vai disputar o torneio na Rússia, embora ele tenha índice para competir em três provas – 100 metros livre, 100 metros borboleta e 200 metros medley – e provavelmente faria parte de três provas de revezamento.
No início de março, a imprensa norte-americana noticiou a possibilidade de o veto à presença do nadador no Mundial ser suspenso. O diretor executivo da USA Swimming, Chuck Wielgus, deu esperança para um retorno. “É complicado, mas há chances de que isso ocorra. Podemos reconsiderar”, disse à ESPN. A suspensão termina no dia 6 de abril e Phelps já está confirmado para disputar o GP de Mesa, no Arizona, dia 15.
Como o dirigente afirmou ter tido conversas informais com Phelps, é compreensível que o nadador não queira dar detalhes sobre o assunto.
Durante a inauguração da loja da marca de materiais esportivos Under Armour, no Shopping Morumbi, o norte-americano lembrou que esta foi a quarta vez que visitou o Brasil – ele esteve em São Paulo e no Rio em 2012 e 2013. “E espero voltar em breve”, disse o nadador, sem dar detalhes, já que os jornalistas não puderam fazer perguntas ao atleta, mas apenas ouvir um bate-papo entre o campeão e um diretor da marca, com perguntas preestabelecidas. Ele permaneceu exatos 60 minutos no shopping.
Phelps desembarcou em São Paulo e não abriu mão de dar suas braçadas – ele se dedica a quatro sessões de treinos por dia, na piscina e na musculação. “Quando eu estou na água, treinando, sou uma pessoa melhor”, brincou. Ele treinou no clube A Hebraica, e depois fez uma visita ao NAR, centro de treinamento que atende atletas de alto rendimento. Seu retorno para os Estados Unidos está marcado para a noite desta quarta.