A produção têxtil no Estado de São Paulo caiu 29,8% de janeiro a maio, ante igual período de 2019. A queda foi maior para o setor de vestuário para o varejo, com tombo de 41,6% na produção. A queda do setor como um todo só não foi maior porque houve uma corrida por produtos hospitalares e máscaras, que minimizou parte das perdas da indústria.
Já no varejo, com boa parte das lojas fechadas, a saída da produção foi prejudicada. Os dados foram divulgados nesta quarta-feira, 15, pelo Sindtêxtil-SP
Segundo o presidente da instituição, Luiz Arthur Pacheco, 67% das empresas tinham, no fim de junho, 50% ou menos de utilização da capacidade instalada em SP.
As demissões preocupam o setor. "Precisamos de mais do que prorrogação de 30 dias da MP para evitar demissões", diz.
Segundo ele, a prorrogação das medidas emergenciais deve ser combinada com maior oferecimento de crédito. Pesquisa da instituição mostra que, até o fim de junho, 75% das empresas que procuraram crédito não tiveram demanda atendida em São Paulo.