O setor de embalagens registrou um recuo de 4,20% na produção física no ano de 2016 ante 2015, segundo a Associação Brasileira de Embalagem (Abre), sob chancela do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (Ibre/FGV). Em 2015, o volume físico já havia recuado 4,41%.
Somente no segundo semestre de 2016, a produção física recuou 3,36% contra igual intervalo de 2015.
Para o ano de 2017, a associação tem projeção de melhora a partir do segundo semestre, com crescimento tímido de 0,6% até dezembro. “O ano de 2016 foi de grandes oscilações, devido à crise política e econômica que afetou não só a confiança dos empresários, como também a dos consumidores, mas ao que tudo indica o pior já passou. A indústria de embalagens, por atender em maior volume o setor de bens de consumo não duráveis, prevê a sua retomada antes de outros setores como o de bens duráveis ou automóveis”, afirma Luciana Pellegrino, diretora executiva da Abre.
Na divisão por produto, a maior queda foi identificada em plástico, de 8,47% em 2016 ante 2015, seguida por madeira (-7,28%), papel, papelão e cartão (-2,52%), vidro (-2,16%) e metal (-0,37%).
Valor da produção
Ao final do ano de 2016, o valor bruto da produção da indústria de embalagens no Brasil atingiu R$ 64,340 bilhões, um aumento de 6,6% contra 2015. No Produto Interno Bruto (PIB), a participação passou de 1,01% para 1,03%.