A produção industrial dos Estados Unidos recuou 0,6% em novembro ante o mês anterior, informou o Federal Reserve nesta quarta-feira. A queda, a mais forte desde março de 2012, ocorre pelo terceiro mês consecutivo, em um reflexo dos preços baixos do petróleo, da desaceleração na demanda por muitos bens duráveis e do clima mais quente e seus efeitos. Analistas ouvidos pelo Wall Street Journal previam queda menor, de 0,2%. Além disso, a produção industrial de outubro foi revisada, mostrando agora um recuo de 0,4% ante o mês anterior, e não de 0,2% como antes calculado.
A taxa de utilização da capacidade instalada caiu de 77,5% em outubro para 77% em novembro. Nesse caso, analistas esperavam 77,4%. A taxa ficou no patamar mais baixo em dois anos no país. Antes da recessão de 2007-2009, o uso da capacidade instalada em geral ficava acima de 80%.
A produção do setor manufatureiro, que representa quase três quartos da produção industrial total, ficou estável no mês passado, diante do recuo na produção de automóveis, equipamentos elétricos, metais e eletrodomésticos, que cancelaram o avanço em alimentos e bens não duráveis.
As indústrias são afetadas pelo dólar forte, que torna os produtos norte-americanos mais caros no exterior e as importações mais baratas no país. Além disso, há demanda fraca no exterior por muitos produtos.
A produção no setor de mineração recuou 1,1% em novembro e ficou 8,2% abaixo de seu nível de um ano atrás. A produção nas concessionárias recuou 4,3% em novembro, um reflexo do tempo quente nos EUA. Fonte: Dow Jones Newswires.