O relatório Focus divulgado nesta segunda-feira, 22, pelo Banco Central mostrou que, na visão do mercado, para conter a inflação em 2016 a instituição precisará encerrar o ano com uma Selic (a taxa básica de juros da economia) elevada. A mediana do mercado financeiro para a Selic em 2016 permaneceu em 13,75% ao ano – mesmo patamar da semana anterior, quando o mercado havia elevado sua perspectiva para a taxa básica. Há um mês, estava em 13,25%.
Para o fim de 2017, o mercado seguiu projetando, pela oitava semana consecutiva, uma Selic a 11,00% ao ano.
Já a Selic média de 2016 permaneceu em 14,16% ao ano. Para 2017, passou 11,78% para 11,84%. Há um mês, a mediana das taxas médias projetadas para este e o próximo ano eram de, respectivamente, 14,06% e 11,75%.
Para o grupo dos analistas consultados que mais acertam as projeções (Top 5) de médio prazo, a taxa básica – que atualmente está em 14,25% ao ano – terminará 2016 neste patamar, sem que haja cortes em 2016. Uma semana antes, eles previam uma Selic a 13,75% no fim do ano (mesmo valor projetado um mês atrás). Para o ano que vem, as estimativas do Top 5 ficaram estáveis em 11,25% ao ano.
Retorno aos cortes
As instituições financeiras que fazem parte do Top 5 passaram a prever cortes da Selic (a taxa básica de juros) apenas a partir de 2017. Considerando todas as instituições que contribuem para o Focus, a mediana das estimativas para a Selic no fim de 2016 está em 13,75% ao ano, o que pressupõe um corte de 0,25 ponto porcentual em outubro e outro na mesma intensidade em dezembro.
Para 2017, a mediana geral aponta para uma Selic a 11,00% no fim do ano, enquanto o Top 5 projeta uma taxa básica a 11,25%.