Nesta segunda-feira, 9, o diretório estadual do PSDB de São Paulo decidiu pela expulsão sumária de Edson Rodrigues Peres, investigado pela suposta ligação com integrantes do Primeiro Comando da Capital (PCC). Segundo o partido," a gravidade dos fatos que chegaram ao conhecimento do PSDB permitiu realizar a sumária expulsão do filiado, cuja decisão será objeto de posterior referendo pelo Conselho de Ética e pela Comissão Executiva Estadual". Em nota, o diretório afirmou que a decisão foi tomada "tão logo tomou ciência das acusações contra o senhor Edson Rodrigues Peres."
O <b>Estadão</b> informou que Edson Peres, conhecido como Alemão, é apontado como operador de um esquema de lavagem de dinheiro do tráfico por meio de Organizações Sociais (OSs) com contratos com prefeituras da Grande São Paulo.
As investigações da Operação Soldi Sporchi (dinheiro sujo, em italiano) localizaram tentáculos da atuação do grupo em Arujá, Guarulhos, Santa Isabel, Suzano, Guaira, Itaquaquecetuba, Salesópolis, Biritiba Mirim e Caraguatatuba. A Polícia Federal e a Polícia Civil de São Paulo apontam que a construção de uma rede de OSs de prateleira é a forma encontrada pelo PCC para ganhar contratos públicos e se infiltrar em administrações municipais também no Paraná e Minas, além de São Paulo.
Em conversas apreendidas pela polícia, Alemão, que foi candidato a vereador em 2016 pelo PSDB em Barueri, relata sua relação com megatraficante de drogas Anderson Lacerda Pereira, o Gordo, acusado de enviar cocaína para o cartel da droga mexicano Los Zetas e para mafiosos da Ndragheta, a principal organização criminosa da Itália. A defesa de Lacerda, que está foragido, nega os crimes.
A defesa de Alemão não foi localizada ontem. À reportagem, o advogado Rafael Munhoz Ramos afirmou na sexta-feira passada que seu cliente fora confundido, e alega sua inocência.
As informações são do jornal <b>O Estado de S. Paulo.</b>