Pelo Artigo 151

Qual é o real e verdadeiro papel do Esporte para o Poder Público?

Nem a realização da Copa do Mundo, em junho deste ano, e muito menos os Jogos Olímpicos de 2016 são capazes de transformar o cenário crítico que se encontra o Esporte em nosso País. Com a última impressão é aquela que fica, o que transparece sobre o principal legado desses megas eventos esportivos é a de que estão usados como mecanismos utópicos de um novo quadro político para as práticas esportivas em todo território nacional.
 
A popular expressão "Pra inglês ver" é a tradução fiel das iniciativas do Poder Público. A pergunta que fica que fica é a seguinte: – Qual é o real e verdadeiro papel do Esporte para o Poder Público? Existe espaço para participação em sua pauta? Não só o inglês precisa ter acesso ao Esporte, mas o brasileiro que já nasce com esse DNA no sangue que corre em suas veias.
 
O descaso com o Esporte não é exclusividade apenas da cidade de Guarulhos, mas sim de inúmeras prefeituras que se veem refém de políticas públicas voltadas para o interesse particular e não coletivo. Usam o Esporte como plataforma de propaganda política para que seus aficionados possam se comover e os adotem como solução para os problemas existentes. Ledo engano.
 
A demagogia passa a ser o artifício central de um discurso retórico e pouco provável de se tornar realidade. A metodologia é simples para os doutores parlamentares e donos da situação. Essa é a alternativa mais eficaz para promover a integração social entre as pessoas. Pergunto novamente: – Essas ações, elas existem?
 
Não falo apenas sobre o esporte que é a paixão mundial, o futebol, mas do basquete, da natação, do atletismo, do tênis, do boxe, enfim, tudas as modalidades esportivas que estão sucateadas e quase nada valorizadas, isso às vésperas da realização dos Jogos Olímpicos. Não temos atletas, não temos quadras, não temos estrutura para competir.
 
A justificativa deles é que estão sendo implantadas ações para atender demandas segmentadas fora do alcance da prática de alto rendimento. Ou seja, no entendimento deles, é melhor instalar uma academia popular do que investir na formação de atletas. Classificam estas iniciativas de Qualidade de Vida, que está mais ligada á Secretaria de Saúde, e outras educativas, que o próprio nome sugere a sua real posição.
 
Somos brasileiros e não desistimos nunca, mas a probabilidade de passarmos mais um vexame em casa, desta vez nos Jogos Olímpicos é muito grande. Onde estão as bases formadoras de atletas? O Esporte está morrendo no Brasil? O Esporte está em último plano na gestão pública? O que acontece? Vai haver mudanças? Quando? Precisamos destas respostas e ações com urgência! 
 

 

Posso ajudar?