Economia

Queda firme do dólar sustenta alívio de prêmios e juros futuros fecham em baixa

As taxas dos principais contratos de juros futuros fecharam em baixa nesta quarta-feira, 13, favorecidas principalmente pelo alívio do câmbio – o dólar chegou a operar hoje aquém de R$ 4 – e em meio à continuidade da discussão em torno da decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) na próxima semana. Ao término da negociação regular da BM&FBovespa, o DI abril de 2016 estava em 14,676%, de 14,670% no ajuste de ontem, o DI janeiro de 2017 caiu de 15,520% para 15,465% e o DI janeiro de 2021 encerrou em 16,29%, de 16,33% no ajuste anterior.

A curva a termo preservou a precificação de alta de 0,50 ponto da Selic como majoritária em janeiro e a aposta de 0,25 ponto porcentual como opção alternativa a uma decisão mais conservadora. O mercado acredita que a fraqueza da atividade pode pesar em favor de um aumento mais comedido da taxa básica atual de 14,25% em janeiro e de um ciclo de aperto monetário curto.

No câmbio, o dólar era negociado em R$ 4,002 (-1,03%) perto das 16h30, no segmento à vista. No futuro, o dólar para fevereiro cedia 0,73%, para R$ 4,022. O recuo ante o real acompanha o desempenho em relação às demais divisas de países emergentes, atribuído, por sua vez, a indicadores do comércio exterior da China melhores do que o previsto. As exportações chinesas caíram 1,4% em dezembro ante igual mês do ano anterior, após recuarem 6,8% em novembro – a previsão era de queda de 8%. Já as importações recuaram 7,6% em dezembro ante um ano antes, depois de caírem 8,7% em novembro. A estimativa era de queda de 11%.

No período da tarde, a queda dos juros perdeu um pouco de força, sobretudo no trecho longo, na medida em que a aversão ao risco no exterior cresceu depois que os preços do petróleo, que subiam na parte da manhã, passaram a oscilar ora no negativo ora no positivo.

Os dados do varejo brasileiro, divulgados pela manhã pelo IBGE, vieram melhores do que o esperado, mas não chegaram a fazer preço nos ativos. As vendas do varejo restrito (que não inclui atividades de material de construção e de veículos) subiram 1,5% em novembro ante outubro, com ajuste sazonal. O resultado superou o teto das estimativas da pesquisa realizada pelo AE Projeções, que era de crescimento de 1,10%.

Às 16h27, o Ibovespa operava perto de furar o nível dos 39 mil pontos, com queda de 1,05% (39.097,66 pontos), em linha com o nível de perdas das bolsas norte-americanas. O Dow Jones cedia 1,10% e o S&P 500, -1,20%.

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