Estadão

Reduzimos projeção do IPC-Fipe de julho de 0,03% para 0,01%, diz Guilherme Moreira

O coordenador do Índice de Preços ao Consumidor da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (IPC-Fipe), Guilherme Moreira, reduziu sua estimativa para a variação do indicador ao final de julho, de 0,03% para 0,01%. Conforme divulgou a Fipe na manhã desta terça-feira, 25, o IPC teve queda de 0,01% na terceira quadrissemana do mês, repetindo a variação da leitura anterior.

Na avaliação de Moreira, o novo recuo registrado no grupo Alimentação (-0,78% para -0,79%) ajuda a explicar a diminuição da projeção para o mês. "É o principal grupo que contribui negativamente. Todos os outros estão com itens com alguma contribuição positiva, ainda que sem muita intensidade", afirma. A projeção de Moreira é que, ao final do mês, haja deflação de 0,84% no grupo Alimentação, após recuo de 0,80% no final de junho.

De acordo com o coordenador, os alimentos têm se beneficiado da queda no preço de alguns insumos e da produção agropecuária recorde do início do ano. "E temos uma sazonalidade muito boa para a produção nesse período, que deve ser devolvida mais à frente, mas ainda assim sem pressionar tanto a inflação", observa.

Em relação aos combustíveis, apesar da aceleração da gasolina na passagem da segunda para a terceira quadrissemana (2,68% para 3,06%), Moreira destaca que, na ponta, o item segue arrefecendo. "A variação na ponta passou de 3,92% para 2,32% e deve seguir desacelerando, até chegar a zero em agosto. O efeito da reoneração dos combustíveis vai ter se dissipado", comenta.

Para o final de julho, a projeção de Moreira é de alta de 0,32% para o grupo Transportes, após queda de 0,25% em junho.

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