Noticia-geral

Secretário de Segurança Urbana de Haddad é exonerado após desentendimentos

Após uma série de desentendimentos com a Prefeitura, o prefeito Fernando Haddad (PT) decidiu exonerar o secretário municipal de Segurança Urbana (SMSU), o delegado Ítalo Miranda Junior. Junto dele, foram afastados o secretário-adjunto, Claudio Schefer Jimenez, e o chefe de gabinete, Fabiano Marques de Paula. As informações foram publicadas no Diário Oficial do município desta terça-feira, 20.

O jornal O Estado de S. Paulo publicou na última semana que uma funcionária “fantasma”, a jornalista Patrícia Morais, tinha sido nomeada em setembro para o cargo de assessora de imprensa na secretaria e nunca apareceu para trabalhar no local.

A funcionária é alvo de ao menos três investigações da Controladoria-Geral do Município (CGM), mas disse que trabalhava à distância com “produção de vídeos sobre segurança”. Ela foi exonerada dias após a publicação da reportagem.

Além disso, o secretário, que foi nomeado para a pasta a pedido do PMDB municipal, já havia colocado como seu chefe de gabinete o administrador de empresas Eduardo Anastasi, que também já havia sido chefe de gabinete do então deputado estadual Coronel Ubiratan (PTB), um dos responsáveis pelo massacre do Carandiru. A nomeação causou irritação a Haddad, que o exonerou 10 dias após ter sido colocado no cargo.

Outra falha que levou à exoneração de Miranda Junior foi apontada pelo jornal Folha de S.Paulo, que mostrou que a pasta decretou uma série de sigilos relativos à Guarda Civil Metropolitana (GCM), incluindo as imagens das câmeras de monitoramento da cidade e informações da central de atendimento (153).

A reportagem não conseguiu contato com Miranda Junior. Em seu lugar foi nomeado o sociólogo Benedito Domingos Mariano, que estava como assessor no gabinete da vice-prefeita Nádia Campeão e já foi ouvidor da Polícia no governo estadual. A Prefeitura informou que não vai comentar a decisão.

Posso ajudar?