O primeiro grupo de voluntários do Serviço de Nacional de Saúde britânico chegou neste sábado a Serra Leoa, em meio ao que a Organização Mundial da Saúde (OMS) descreveu como um “intenso” aumento no número de casos no país.
Mais de 30 funcionários do serviço britânico, dentre eles médicos e enfermeiros, devem permanecer na capital, Freetown, para uma semana de treinamento antes de se transferirem para centros de tratamento em todo o país, informou o Departamento de Desenvolvimento Interno do Reino Unido em comunicado.
Eles vão se juntar aos quase 1.000 soldados, cientistas e trabalhadores humanitários britânicos que já estão no país na luta contra o ebola, declarou a secretária de Desenvolvimento Interno, Justine Greening.
“Para combater o ebola, precisamos desesperadamente da experiência e dedicação de médicos e enfermeiros qualificados para cuidar dos milhares de doentes e pacientes terminais que não estão recebendo o tratamento que precisam”, afirmou Greening.
Acredita-se que o ebola tenha matado mais de 1.200 pessoas em Serra Leoa e mais de 5.400 no oeste africano, segundo dados da OMS.
Apenas 13% dos pacientes com ebola de Serra Leoa estão em isolamento, segundo relatório da OMS divulgado nesta semana.
Mais de 1.000 funcionários do Sistema Nacional de Saúde britânico se apresentaram como voluntários para trabalhar no combate ao ebola. Os que chegaram a Serra Leoa neste sábado serão enviados a centros de tratamento construídos pelos britânicos. Eles já receberam nove dias de treinamento.
Na sexta-feira, o secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Ban Ki-moon, disse que apesar dos recentes sinais de progresso na Libéria e em outros países, vai demorar até “meados do ano que vem” para conter o maior surto de ebola já registrado.
A Libéria registrou o maior número de casos e mortes num único país, embora a disseminação da doença tenha caído consideravelmente nas últimas semanas e o governo tenha levantado o estado de emergência no início do mês. Fonte: Associated Press.