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Suspensão de testemunha comprova argumento de parcialidade, diz Cardozo

Advogado de Dilma Rousseff no julgamento do impeachment, José Eduardo Cardozo considerou positivo o depoimento da primeira testemunha da acusação. Para ele, a suspensão do procurador do Ministério Público junto ao Tribunal de Contas, Júlio Marcelo de Oliveira, comprova a principal tese da defesa de que há parcialidade nas argumentações e de que “uma orientação clara em querer condenar Dilma”.

“Ficou claro que tudo aquilo que Júlio Marcelo disse é suspeito. Ele é a principal testemunha da acusação, é o principal elaborador da tese do TCU (que condenou Dilma) e que baseou o relatório contra Dilma no Senado”, afirmou.

Oliveira foi suspenso como testemunha pelo presidente do Supremo Tribunal Federal, Ricardo Lewandowski, que comanda o julgamento, e considerado informante por ter participado de ato a favor da rejeição das contas da petista.

Cardozo acusou novamente Oliveira de atuar “militando por uma causa”. “Isso explica por que a posição dele é tão isolada frente aos demais membros do TCU. Todas as outras testemunhas diziam (na comissão especial) que (a emissão dos decretos) era uma prática recorrente, menos ele. Dilma fez o que todos os outros presidentes fizeram, até ele decidir punir pelo passado”, afirmou.

Ao ser questionado se recorrerá ao STF, Cardozo desconversou. “No momento certo e se for necessário iremos para as instâncias necessárias, mas espero convencer os parlamentares aqui com os meus argumentos.”

Sobre a possibilidade de a acusação pedir a suspeição de testemunhas da defesa, Cardozo disse não ver “nenhum problema na discussão”. “A grande questão é que nenhuma das nossas testemunhas formulou a tese da defesa. Júlio Marcelo é o mentor da acusação, todas as teses vêm dele”, avaliou.

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