Com a alta recente do dólar, o volume de transações com a moeda pelas instituições financeiras caiu 33,5% de outubro para novembro, de acordo com dados do Banco Central. No levantamento do BC, constam 176 instituições financeiras que negociaram a moeda estrangeira no País no mês passado, num total de US$ 191,91 bilhões. Em outubro, também foi registrado o mesmo número de instituições, mas com volume de US$ 288,71 bilhões.
O Banco Santander foi o que realizou a maior quantidade de negócios com a moeda americana em novembro. De acordo com o BC, a instituição fechou 62,5 mil operações no valor total de US$ 25,55 bilhões. A quantidade de operações e o montante, porém, são bem menores do que os observados em outubro. Naquele mês, o Itaú Unibanco foi o maior operador de dólar, com 106,4 mil operações (US$ 41,05 bilhões).
O maior montante do Santander em novembro, segundo o BC, foi transacionado no mercado primário, no total de US$ 13,112 bilhões (61,4 mil operações). O mercado primário, também conhecido como mercado de varejo, é formado pelas negociações feitas por governos, empresas ou famílias diretamente com o exterior. As informações que são capturadas nessas operações geralmente constam do balanço de pagamentos, que o Banco Central detalha todo final de mês.
O volume de exportações do Santander no mês passado foi de US$ 1,68 bilhão, enquanto o de importações ficou em US$ 2,21 bilhões. As transferências do exterior somaram US$ 4,07 bilhões, enquanto as para o exterior foram de US$ 5,15 bilhões. Nos meses anteriores, as operações do mercado interbancário apresentaram maior quantia e volume do que as do mercado primário.
Já no interbancário, o banco espanhol transacionou R$ 12,44 bilhões, distribuídos em 1.101 operações. Foram US$ 5,80 bilhões em vendas de dólares e outros US$ 6,64 bilhões em negócios de compra. Esse mercado secundário é composto por transações feitas entre instituições financeiras. Fazem parte das operações secundárias, os registros de contratos de arbitragem fechados no Brasil e no exterior bem como as operações realizadas diretamente com o Banco Central.
A segunda posição em volume, ainda de acordo com o Banco Central, ficou com o Citibank (US$ 20,97 bilhões), seguido pelo Itaú Unibanco (US$ 19,76 bilhões). Na quarta posição figurou o Banco do Brasil, com US$ 16,30 bilhões, e, na sequência, o HSBC Bank, com um total de US$ 16,15 bilhões. As próximas cinco do ranking, por volume, foram JP Morgan, BTG Pactual, Bradesco, BNP Paribas e Deutsche Bank.
No acumulado dos onze primeiros meses do ano, o Banco Santander segue como líder no volume em transações em dólar no País, com um total de US$ 316,94 bilhões. O Itaú Unibanco ficou na segunda posição (US$ 280,79 bilhões), seguido pelo Citibank (US$ 275,09 bilhões), o HSBC Bank (US$ 239,40 bilhões) e o Banco do Brasil (US$ 236,64 bilhões).